EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO MUNDO
Filemon Martins
Estamos testemunhando uma revolução tecnológica fantástica no
mundo. Este avanço da tecnologia tem nos trazido muitas coisas boas, outras nem
tanto. O mundo está mudando numa velocidade extraordinária.
Hoje, resolvi ativar meu lado obtuso: ando me esforçando para
aprender a lidar com o moderno, tentando, aos poucos, me adaptar aos novos
tempos. Entre as coisas positivas, com o advento da internet, há que se
mencionar a rapidez das comunicações, a precisão das imagens transmitidas. Com
um clique é possível saber o que acabou de acontecer, fatos e datas históricas,
além da interação social entre os indivíduos. Há inúmeros benefícios na
medicina, educação e trabalho. O conhecimento se tornou mais democrático, desde
que se possa pagar e caro pela internet. Criou-se novas frentes de trabalho e
vem se transformando numa força dinâmica na educação da sociedade. Mas como sou
das antigas, quase obsoleto, acho que há certo exagero em algumas coisas. Já é
sabido que o uso prolongado pode gerar dependência em alguns indivíduos, afetar
a saúde com dores musculares, estresse interferindo entre o trabalho
profissional e a vida pessoal. Pessoalmente. por exemplo, meu cérebro se nega a
aprender dialogar com robôs. É certo que existem robôs humanos e máquinas. Não
importa, não consigo me relacionar com ambos. Outro dia, por mensagem fiz uma
pergunta à operadora de saúde: “vocês fazem o exame de Cintilografia? Se sim,
em qual unidade”? A resposta chegou um pouco depois com uma pergunta: - “Em que
podemos ajudá-lo”? Pronto, fiquei empacado. Como vou explicar, se a minha
pergunta foi feita em bom português? Mas
tem coisa pior: com uma consulta agendada, fui ao hospital e me apresentei,
fornecendo RG, CPF, carteira do convênio, mas o pessoal exige o reconhecimento
facial pelo celular. Ora, fico imaginando, será que fui fazer turismo no
hospital?
Outra coisa que o meu cérebro
se nega a aceitar. Vou ao restaurante e não há livro ou caderno cardápio, mas
há um QR Code para visualizar o cardápio, via celular. Se estou acompanhado,
tudo bem, mas se estou sozinho, ali não fico, procuro outro restaurante.
Alguns ricaços no mundo com o advento da Inteligência Artificial,
já apregoam a possibilidade de substituir trabalhadores, professores, pela IA,
como se fosse um benefício para a sociedade. Esquecem que as máquinas precisam
de humanos para acioná-las. Alunos precisam ser educados e educar é uma tarefa
inerente ao professor. Já estamos sentindo os efeitos da falta de educação que
os pais, em casa, deveriam dar. Hoje, estamos presenciando crianças, jovens e
adolescentes carentes, inseguros, sendo induzidos à brincadeiras extremas que,
em alguns casos, levaram à morte, embora em casa, não lhes falte nada.
Há, por outro lado, impactos ambientais se não houver descarte
adequado para todo este lixo eletrônico. No Brasil e em outros países também a
desigualdade social dificulta o acesso à tecnologia que, pode gerar desequilíbrio
na educação de alguns alunos, ficando uns com mais oportunidades que outros.
Mas, vamos em frente porque a mudança é irreversível.
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