segunda-feira, 21 de abril de 2025

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO MUNDO - FILEMON MARTINS

 



EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA DO MUNDO

Filemon Martins

 

Estamos testemunhando uma revolução tecnológica fantástica no mundo. Este avanço da tecnologia tem nos trazido muitas coisas boas, outras nem tanto. O mundo está mudando numa velocidade extraordinária.

Hoje, resolvi ativar meu lado obtuso: ando me esforçando para aprender a lidar com o moderno, tentando, aos poucos, me adaptar aos novos tempos. Entre as coisas positivas, com o advento da internet, há que se mencionar a rapidez das comunicações, a precisão das imagens transmitidas. Com um clique é possível saber o que acabou de acontecer, fatos e datas históricas, além da interação social entre os indivíduos. Há inúmeros benefícios na medicina, educação e trabalho. O conhecimento se tornou mais democrático, desde que se possa pagar e caro pela internet. Criou-se novas frentes de trabalho e vem se transformando numa força dinâmica na educação da sociedade. Mas como sou das antigas, quase obsoleto, acho que há certo exagero em algumas coisas. Já é sabido que o uso prolongado pode gerar dependência em alguns indivíduos, afetar a saúde com dores musculares, estresse interferindo entre o trabalho profissional e a vida pessoal. Pessoalmente. por exemplo, meu cérebro se nega a aprender dialogar com robôs. É certo que existem robôs humanos e máquinas. Não importa, não consigo me relacionar com ambos. Outro dia, por mensagem fiz uma pergunta à operadora de saúde: “vocês fazem o exame de Cintilografia? Se sim, em qual unidade”? A resposta chegou um pouco depois com uma pergunta: - “Em que podemos ajudá-lo”? Pronto, fiquei empacado. Como vou explicar, se a minha pergunta foi feita em bom português?  Mas tem coisa pior: com uma consulta agendada, fui ao hospital e me apresentei, fornecendo RG, CPF, carteira do convênio, mas o pessoal exige o reconhecimento facial pelo celular. Ora, fico imaginando, será que fui fazer turismo no hospital?

Outra coisa que o meu cérebro se nega a aceitar. Vou ao restaurante e não há livro ou caderno cardápio, mas há um QR Code para visualizar o cardápio, via celular. Se estou acompanhado, tudo bem, mas se estou sozinho, ali não fico, procuro outro restaurante.

Alguns ricaços no mundo com o advento da Inteligência Artificial, já apregoam a possibilidade de substituir trabalhadores, professores, pela IA, como se fosse um benefício para a sociedade. Esquecem que as máquinas precisam de humanos para acioná-las. Alunos precisam ser educados e educar é uma tarefa inerente ao professor. Já estamos sentindo os efeitos da falta de educação que os pais, em casa, deveriam dar. Hoje, estamos presenciando crianças, jovens e adolescentes carentes, inseguros, sendo induzidos à brincadeiras extremas que, em alguns casos, levaram à morte, embora em casa, não lhes falte nada.

Há, por outro lado, impactos ambientais se não houver descarte adequado para todo este lixo eletrônico. No Brasil e em outros países também a desigualdade social dificulta o acesso à tecnologia que, pode gerar desequilíbrio na educação de alguns alunos, ficando uns com mais oportunidades que outros.

Mas, vamos em frente porque a mudança é irreversível.   


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