terça-feira, 22 de abril de 2025

DOCE PERDÃO - MÁRIO BARRETO FRANÇA

 



DOCE PERDÃO

Mário Barreto França

 

Quando acordei daquela letargia

Em que o pecado me fizera estar,

Acanhado de tanta rebeldia,

Foi para Deus o meu primeiro olhar.

 

Tudo a meus olhos turvos parecia

Minha presença odiosa rejeitar;

E segui de alma pálida e sombria

Num desejo incontido de chorar.

 

Mas, quando entrei pela primeira porta

De um templo silencioso, comovido

Curvei-me em prece e, envolto em doce luz.

 

Notei (e essa lembrança me conforta)

O perdão dos meus males, refletido

Na ternura dos olhos de Jesus.

 

(LIVRO “NO JARDIM DO SENHOR”, PÁGINA 25)


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