sábado, 26 de abril de 2025

CADEIRA VAZIA - FILEMON MARTINS

 



CADEIRA VAZIA

Filemon Martins



Não poucas vezes, nos dois primeiros mandatos, a cadeira destinada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, permaneceu vazia. Aliás, há muito ela estava vazia, pois tudo o que se passava ali ao redor dele, ele nada viu e pouco soube, conforme disse inúmeras vezes.

Grande parte da população brasileira, que há tempos ainda acreditava na moralidade dos políticos, vibrou com a possibilidade de ver um Brasil digno e decente, longe dos conchavos e da subserviência que caracterizaram as gestões anteriores, mas logo percebeu o engodo, a demagogia, o populismo, os escândalos e a baixaria que tomaria conta do governo Lula. É preciso compreender e manter a calma, porque ninguém aprende sem errar. Quase sempre, na vida, bater cabeça, quebrar a cara ensina melhor que várias aulas, congressos e palestras.

Modestamente, no panorama da vida política aqui no Brasil, cá de nosso canto, vamos continuar gritando, falando, escrevendo, alertando com nossa poesia, nossa crônica de protesto, de ética sem ganância, sem violência, sem subterfúgios, longe dos interesses pessoais, que cada vez mais, enlameiam os políticos brasileiros que querem se perpetuar no poder. Já estão acostumados, acomodados e são coniventes com as negociatas ilícitas que acontecem no Congresso Nacional.

Aos pobres eleitores, sempre culpados pela escolha errada, sem cultura, sem emprego, sem teto, sem-terra, sem esperança e sem justiça, pouco resta: sonham com dias melhores através de benefícios sociais ilusórios, tais como os programas BOLSA FAMÍLIA e projetos assistencialistas que os subjugam, como se fossem escravos. Escravos da propaganda enganosa do próprio governo, da justiça inoperante que absolve mensaleiros, sanguessugas, falsários e fomenta uma verdadeira quadrilha para roubar os cofres públicos.

A verdade é que o poder econômico sempre fala mais alto. A corrupção campeia pelos corredores do poder; a política brasileira está apodrecida e infectada pela falta de honestidade, pela imoralidade, pela corrupção e pela conivência dos que deveriam implementar projetos sérios em favor da sociedade brasileira, zelando pela correta aplicação do dinheiro público.

Há uma impunidade inexplicável dos Tribunais Superiores.

Enquanto isso, o “Zé povinho” contenta-se com esmolas que, certamente lhe custarão o futuro dos seus filhos, a vida, a saúde, a dignidade e a perspectiva de um País melhor, mais justo e mais humano.
Contudo, reza a lei que somos obrigados a respeitar a escolha do povo, qualquer que seja o escolhido, caberia ao partido político não permitir que fichas sujas disputem a eleição, ainda que isso nos custe presenciar em todo o mandato do eleito, as raposas no poleiro, o riso indecente e falso dos Judas que se corromperam e se venderam por algumas moedas, sem se importar com a inocência das crianças, o suor derramado dos trabalhadores para ganhar uma migalha de pão que o diabo amassou. O choro silencioso dos que acreditaram no sonho de ser feliz e sentiram o amargor da decepção e a esperança se esvaindo aos pés de políticos profissionais trambiqueiros, banqueiros, pagamento de juros aos capitalistas internacionais.

Mesmo que a cadeira continue vazia, é necessário recuperar a alegria, a esperança, o entusiasmo e a certeza de que o Brasil é um País exuberante, onde o barulho dos rios e das cachoeiras ainda nos encanta. Um País formado por um povo trabalhador, ordeiro e bom, merece governantes mais sérios e capazes. É preciso buscar, dentro de nós, uma força superior, como disse Bruce Barton: “AS GRANDES REALIZAÇÕES SÓ SÃO POSSÍVEIS POR AQUELES QUE ACREDITAM POSSUIR, DENTRO DE SI, ALGUMA FORÇA SUPERIOR ÀS CIRCUNSTÂNCIAS”.


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