HOMENAGEM AOS CORONÉIS
BRASILEIROS.
Elisangela Farias*
Recentemente lançado pela Editora KELPS, de Goiânia, o livro CORONELISMO NO ANTIGO FUNDÃO DE BROTAS focaliza também personalidades tocantinenses.
Fundão de Brotas, hoje Ipupiara, este é o cenário da obra Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas, do autor e membro das Academias Goiana e Tocantinense de Letras, Mário Ribeiro Martins, que foi lançado recentemente na cidade de Lençóis, na Bahia e já pode ser encontrado nas livrarias da Capital por dez reais.
O livro que fala sobre muitos coronéis, entre os quais, Horácio de Matos e Militão Rodrigues Coelho, residentes na região da Chapada Diamantina, na Bahia, além de ser uma homenagem à cidade natal do autor- FUNDÃO DE BROTAS- é também uma forma de prestigiar os familiares. “Estes coronéis são meus parentes”, ressalta Martins.
Contendo 190 páginas e publicado pela Editora Kelps, a obra resgata ainda, a história dos coronéis do antigo Norte de Goiás. Abílio Wolney esteve à frente de batalhas memoráveis, entre as quais, a QUINTA FEIRA SANGRENTA, em Dianópolis, outrora norte goiano, hoje Tocantins. Franklin de Albuquerque, representante da região do médio São Francisco, em Pilão Arcado, na Bahia.
“O coronel Abílio Wolney se encontra no filme O TRONCO, de João Batista de Andrade, baseado no livro de Bernardo Elis que escreveu o romance sobre o assunto”, explica o autor.
Apesar destas figuras ilustres terem sido citadas na obra CAVALEIRO DA ESPERANÇA, de Jorge Amado, Martins não se limitou a contar apenas suas aventuras. Enfatizou também a historia do Juiz Guerreiro, da cidade de Porto Nacional, Feliciano Machado Braga que lutou pela criação do Estado do Tocantins.
Este Juiz depois de ter sido removido para a Terceira Vara Cível de Anápolis, em 1961, passou a ser conhecido como o “Juiz que andava com o Mapa do Futuro Estado do Tocantins debaixo do braço”.
Em 1968, pediu remoção para Goiânia como Juiz de uma das Varas Cíveis. Em 1969, envolveu-se numa briga com um dos vizinhos, tendo ficado em PRISÃO DOMICILIAR, decretada pelo próprio Tribunal de Justiça, conforme matéria publicada pelo jornal O POPULAR.
Desgostoso com os seus pares no Judiciário, adoeceu gravemente, terminando por falecer em 01.05.1972, em Goiânia, quando tinha 58 anos de idade, sendo ali enterrado.
Mario Martins focalizou também em seu livro a trajetória dos dois SIQUEIRAS: Antonio de Siqueira Campos, sobrevivente da Batalha dos 18 do Forte de Copacabana e que estivera no Tocantins, em 12 de outubro de 1925, como Comandante da Coluna Prestes, ficando hospedado no Convento Dominicano de Porto Nacional, onde foi recebido pelo Frei José Maria Audrin, conforme seu livro ENTRE SERTANEJOS E INDIOS DO NORTE(Rio de Janeiro, Agir, 1946).
“Falo do José Wilson Siqueira Campos, não como coronel, mas como político o grande Comandante da instalação, progresso e desenvolvimento do Estado do Tocantins”, enfatiza.
Além deste livro, em sua carreira literária, já publicou os livros: GILBERTO FREYRE - O EX-PROTESTANTE (São Paulo, Imprensa Metodista, 1973), FILOSOFIA DA CIENCIA (Goiânia, Oriente, 1979), HISTÓRIA DAS IDÉIAS RADICAIS NO BRASIL (Recife, Acácia Publicações, 1974), SOCIOLOGIA GERAL & ESPECIAL (Anápolis, Editora Walt Disney, 1980), ESTUDOS LITERÁRIOS DE AUTORES GOIANOS (Anápolis, Fica, 1995), JORNALISTAS, POETAS E ESCRITORES DE ANÁPOLIS (Goiânia, O POPULAR, 1986), ESCRITORES DE GOIÁS (Rio de Janeiro, Master, 1996).
Não podemos deixar de citar, entre seus livros, dois importantíssimos dicionários: “DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DE GOIÁS” (Rio de Janeiro, Master, 1999) e “DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO DO TOCANTINS” (Rio de Janeiro, Master, 2001), este último lançado em 2001 no auditório da Secretaria da Cultura do Estado do Tocantins, tendo sido apresentador do livro, o Desembargador Marco Villas Boas, com a presença de figuras ilustres, dentre outras, Juarez Moreira Filho, Liberato Póvoa, José Cardeal dos Santos e muitos outros. (JORNAL DO TOCANTINS. Palmas, 15.09.2004).
ELISANGELA FARIAS é Jornalista, Redatora e Editora.

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