O MAR
Filemon Martins
A noite chega e a solidão do mar
vem me trazer, de leve, um vento fino,
a saudade povoa o meu pensar,
enquanto as vagas seguem seu destino.
O mar, em movimento, quer mostrar
seu poder que fascina ao peregrino.
Provocador, feliz, quer carregar
dissabores e mágoas, imagino.
E traz em oferenda a tempestade,
fica agitado e cheio de vontade,
erguendo-se em espumas seu furor.
Depois, torna-se calmo e exuberante,
belo e tranquilo, mostra-se pujante,
esquecendo, talvez, da própria dor!
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