A VERDADE É DURA...
Elviro de Freitas
Ao chegar o Natal, me lembro com saudade
Do adorável velhinho, o bom Papai Noel
Que foi eliminado em nome da Verdade
Pelo mundo moderno, hipócrita e cruel...
Passou a ser mentira essa felicidade
Tão pura como a água e doce como o mel...
Por que um culto assim tão grande à Realidade
Se ela, às vezes, nos fere e amarga como fel?
E a Justiça, e o Amor, e a Amizade, e a Virtude?
Será, sempre, a Verdade aquilo que se ensina,
Que se julga possuir e apenas nos iludes?
Como Papai Noel que agora se desmente,
Quanta coisa julgamos viva, genuína,
E morre num Natal, um dia, de repente...
(Instituto Campista de Literatura, Campos, RJ)

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