(O AUTOR, SAUL R. DOS SANTOS, EM SALVADOR, BAHIA)
A INFLAÇÃO VEM AÍ COM FORTE
APETITE.
Estamos chegando ao final
do ano 2024. Não foi um ano fácil. No início do ano muitos brasileiros pensavam
que as coisas iam melhorar na política, na saúde pública, na educação pública e
na economia do Brasil.
Só para recordar, eis
alguns acontecimentos notórios em 2024 que deixaram marcas na vida nacional:
No início deste ano tivemos fortes
enchentes no Rio Grande do Sul. Muitas cidades e especialmente em Porto Alegre,
onde muitas ruas, garagens de edifícios e até sobrados foram inundadas pelas
águas do rio que transbordou. Os plantadores de arroz sofreram grandes perdas.
O governo federal prometeu ajuda, mas dizem os comentaristas, não enviou o
total prometido.
O Brasil inteiro presenciou a campanha
para as eleições de prefeitos e vereadores. As eleições em primeiro turno foram
realizadas no dia 6 de outubro. O cenário político no âmbito municipal mudou. A
maior parte dos candidatos a prefeitos e vereadores eleitos é composta de
políticos de partidos de viés da direita.
O presidente Lula sofreu acidente. Caiu no
banheiro do Palácio da Alvorada, que é a residência oficial do presidente da
república. Precisou passar por duas cirurgias no Hospital Sírio-Libanês em São
Paulo. É um hospital de primeira linha e é referência em saúde. O presidente
está seguindo as recomendações médicas, mas despachando normalmente.
Na última quinzena de dezembro a cotação do
dólar disparou após o governo apresentar e o Congresso aprovar o projeto de
corte de gastos. O valor da moeda americana passou dos R$ 6,00 e bateu na casa
dos R$ 6,20. Muitos investidores saíram do Brasil. Dizem os comentaristas tudo
isso significa que o real, a moeda brasileira, esta desvalorizada. Com o dólar
em alta, o prezado leitor sabe como é no Brasil, tudo sobe de preço – é a tal
inflação.
Será que o governo está preocupado com a
inflação? Será que o governo se incomoda com a corrupção? O povo percebe que
uma é a inflação informada ou divulgada por órgãos governamentais e outra é a
inflação real, aquela que o povo sente no bolso no momento de pagar a compra
nos supermercados, na feira e nas lojas.
Inflação é a subida descontrolada nos
preços dos produtos. É um problema que provoca a desvalorização do nosso
dinheiro, o real. Com a desvalorização o nosso dinheiro compra menos produtos a
cada mês ou a cada semana. Com a inflação o povo sofre. E os pobres, os que
ganham um salário mínimo são os que sofrem mais. São os que passam mais e
maiores dificuldades financeiras. E o
que dizer dos que ganham apenas o “bolsa família”?
A grande maioria dos aposentados do INSS
e BPC/Loas ganham apenas o chamado
salário mínimo. No Brasil a inflação oficial é uma e outra é a inflação que
enfrentamos na hora das compras, no momento que chegamos ao caixa para pagar.
Essa é inflação que devora as nossas finanças fazendo desaparecer o poder de
compra do povão, não dos políticos que estão no poder. Aliás, a grande parte
dos políticos brasileiros não vai ao supermercado nem vai fazer compras nas
feiras e portanto não sentem os preços altos. Eles têm empregados para fazer
isso. Inflação para a maior parte dos políticos e suas famílias não é problema.
A inflação alta e descontrolada pode ser
considerada como uma praga. Ela contamina os preços e se espalha prejudicando a
todos, principalmente os mais pobres. A inflação é perversa e muito enganosa,
uma verdadeira ilusão. As pessoas com 50 anos ou mais ainda se lembram da
inflação na casa dos dois dígitos. Isso aconteceu na época do governo Sarney.
Cr$ 1.000,00 passou a valer R$ 1,00. Naquele período a moeda mudou de nome. Já
foi cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, e a partir da época do governo Fernando
Henrique Cardoso foi feita uma reforma mais inteligente, foi criada a URV
(unidade Real de Valor) e a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação
Financeira). O nosso dinheiro passou a ter o nome oficial de Real. O
governo e seus economistas se esforçaram para a estabilização da moeda.
Agora todos percebem que as autoridades
que estão no poder precisam cumprir o dever e tomar o rumo certo. Os políticos
precisam abandonar a politicagem. Precisam desprezar o “toma lá, da cá”.
Precisam deixar de prometer picanha. Os políticos não devem fazer da
administração pública um balcão de negócios.
O Brasil é um país com grande potencial
para ser uma nação forte, poderosa. O Brasil tem um povo trabalhador e ordeiro.
A orientação é no sentido de que as famílias reduzam ou eliminem o consumo de
produtos supérfluos. Caro leitor, prepare o bolso porque vem chumbo grosso.
Saul Ribeiro dos Santos
Contador e economista
aposentado.
Natural de Ipupiara – BA.

Para o trabalhador que recebe salário atrelado ao valor do salário mínimo, o poder aquisitivo melhorou em 2024 e vai melhorar em 2025 com reajuste acima da inflação. Uma minoria de brasileiros que vive do rentismo, de juros e dividendos, está insatisfeita com o governo atual porque a sua política econômica prioriza inequivocamente os trabalhadores e os que dependem de benefícios do Estado para sobreviver. Mais do que Insatisfeitos, chegam até de certo modo chantagear o atual governo, usando a grande mídia, que em grande medida, pertence a esses próprios rentistas. Muitos brasileiros saíram da extrema pobreza neste governo, só isso já seria motivo suficiente para se falar bem deste governo, mas além disso houve diversos progressos em relação ao estado de penúria deixado pelo governo anterior, cujo presidente torrou bilhões tentando granjear à reeleição, e para felicidade geral da nação, seus intentos malograram.
ResponderExcluirObrigado amigo Arides por ler e comentar. Certamente o autor leu o seu comentário.
ResponderExcluirEu que agradeço, prezado amigo Filemon.
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