DIA
OU NOITE
Lurdez
Castelhin
As
horas esperam
Em
canto ajardinado
Lugar
sagrado, paraíso
Nele
dispensa juízo
Apenas
proclama-se o sentir...
À
colher flores acetinadas
Em
cores avermelhadas
Dão-se
de presente
Ela
rosa, ele cravo
Ramalhetes
vivos, atados
Em
cada beijo selado
Contornos
bordados
De
sedentos lábios
Na
mesma taça embriagados
Bem
antes, sonhado na memória
Jamais
pode apagar, ato...
Qual
arco-íris raios, cores
Amorosos,
ativos em glória
Há
calor, nas espaçadas
Curvas
das mãos
Em
passeios itinerantes
Buscam
caminhos e atalhos
Um
querer ofegante
A
dividir nuances...
Cai
a noite... vem,
Em
sonata perfumada
Dedilhados
em corpos suados
Extravasam
poemas narrados...
Salpicam
ansiosas estrelas
Noite
iluminada estende o véu
Destilando
néctar
Rastreando
o azul do céu!
E...
quando o dia rodopiar
O
tempo, as horas falsear
E o
vento que tece verdade
Saberá,
que até o poema
Se
tornou saudade...

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