SENZALA
Miguel Eduardo Gonçalves
Se teus olhares seguem em segredo
Aonde alcance o mar o proibido
Espelhos entrevistos que são medo
Afligem tua insânia amor contido.
Cenário que conduz a engano ledo
Nas cores do desejo remoído
Em que o mistério cede à voz mais cedo
Aquela voz mais forte e sem sentido.
O meu querer é outro, é previsto
No foro expresso d’alma se regala
E se distrai enquanto o resto é quisto.
Inúmeras quimeras de uma escala
Acordes dissonantes do imprevisto
Um coração quiçá como em senzala.
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