quarta-feira, 9 de outubro de 2024

SENZALA - MIGUEL EDUARDO GONÇALVES

 




SENZALA
   Miguel Eduardo Gonçalves

Se teus olhares seguem em segredo
Aonde alcance o mar o proibido
Espelhos entrevistos que são medo
Afligem tua insânia amor contido.

Cenário que conduz a engano ledo
Nas cores do desejo remoído
Em que o mistério cede à voz mais cedo
Aquela voz mais forte e sem sentido.

O meu querer é outro, é previsto
No foro expresso d’alma se regala
E se distrai enquanto o resto é quisto.

Inúmeras quimeras de uma escala
Acordes dissonantes do imprevisto
Um coração quiçá como em senzala.

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