segunda-feira, 23 de setembro de 2024

MUNICÍPIO DE SEABRA - PARTE VI

 


 

MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

MUNICÍPIO DE SEABRA (Parte VI)

Saul Ribeiro dos Santos

📧saul.ribeiro1945@gmail.com

 

ECONOMIA DO MUNICÍPIO

 

Após o grito da independência em 1822, a ideia de construir a capital federal no interior continuou de pé. Tanto foi assim, que deixaram sobre a mesa dois nomes: Petrópolis (em função do nome do imperador) ou Brasília. No futuro, quando as ideias se tornassem realidade, um dos dois seria o nome escolhido e aprovado. Depois de muitos anos o nome aprovado foi Brasília.

        Após a eleição realizada em outubro de 1955, em 31 de janeiro de 1956 teve início o governo do Presidente Juscelino Kubitschek. No dia 15 de março daquele mesmo ano ele assinou um documento lançando as bases para a construção da Novacap. No dia 3 de outubro de 1956 foram iniciados os trabalhos de terraplenagem. O Dr. Lúcio Costa e o Dr. Oscar Niemayer foram os grandes engenheiros que deram início às obras e encerraram a pré-história da nova capital. Os logradouros públicos e as vias de acesso à nova capital foram iniciados. Tudo era, na verdade, um grande canteiro de obras. Mesmo tendo muitos edifícios públicos ainda em construção de madeira, Brasília foi inaugurada em 21 de abril de 1960.

       A rodovia BR-242 foi iniciada a partir de Brasília. Pelo plano estabelecido cortava o Estado de Goiás em direção ao Leste e entrava pelo Oeste da Bahia. Em 1970/75 as máquinas estavam trabalhando na Serra das Mangabeiras, região de Seabra. Tudo foi acontecendo devagar, mas progressivamente, logo após a aprovação do Plano Nacional de Viação. O 4° BEC – Batalhão de Engenharia e Construção, do Exército Brasileiro, estava presente e ativo na obra. Esta unidade do Exército Brasileiro está localizada em Barreiras.

     Os trabalhos da obra promoveram um rápido crescimento da população e do progresso de Seabra, com a vinda de trabalhadores de outras regiões. Nessa ocasião houve aumento da rede bancária do Município. Além disso, começaram a chegar escritórios regionais de empresas, repartições públicas estaduais e federais, criando mais empregos. Foi aumentando o número de postos de combustíveis e oficinas mecânicas especializadas, gerando mais empregos. Além desses impactos positivos, mais tarde chegaram outros órgãos como DERBA (Departamento de Estradas de Rodagens da Bahia), DIREC, CIRETRAN e outros órgãos que dão apoio ao desenvolvimento. Alguns órgãos sofreram modificação na sua estrutura ao longo dos anos.

      Na cidade foi construído um grande mercado, composto de galpões, uma espécie de CEAR - Centro de Abastecimento Regional, que aproxima compradores de vendedores dos produtos hortifrutigranjeiros dos Municípios vizinhos. Caminhões vêm de várias partes da região fazer compras no CEAR para abastecer as mercearias e supermercados dos seus Municípios. Donos de mercearias e quitandas saem de Ipupiara e outras cidades, sobem a serra da Mangabeira e vêm a Seabra fazer compras. Após as compras fazem o caminho de volta. Isso é bom para toda a região, especialmente para Seabra.

    Certamente que a construção de Brasília - o Distrito Federal, ajudou e continua ajudando a desenvolver multas cidades do interior do Brasil com rodovias de 1ª qualidade, impulsionando o surgimento de cidades e do progresso, mesmo que muitos Municípios estejam longe da Capital Federal. Assim aconteceu com o Oeste da Bahia, onde estão as cidades de Barreiras, Luiz Eduardo Magalhães, São Desidério e outros Municípios, que hoje formam uma importante fronteira agrícola nacional. A estrada passa pelas terras de Barreiras e região, prossegue atravessando o Rio São Francisco, rasgando as muitas serras da Chapada Diamantina. Segue em direção ao Leste dividindo a cidade de Seabra ao meio. Continua subindo e descendo as montanhas, mostrando para os viajantes as belezas do Morro do Pai Inácio e a exuberância do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Continua e segue em direção às cidades de Itaberaba, Feira de Santana e Salvador através da BR-324, dando acesso a outras regiões do Brasil.

       Nas proximidades da cidade de Seabra existem os entroncamentos das estradas estaduais, ligando todos os Municípios da Chapada Diamantina, contribuindo assim para melhorar a economia da região. As estradas asfaltadas ajudam a ramificar e descentralizar o progresso.

          Os Municípios da Chapada Diamantina apresentam lavouras diferentes, mas em todos há lavouras coincidentes. Em muitos, a presença ou ausência de algumas culturas varia de acordo com o tipo de solo, umidade do clima e outras condições climáticas. A cultura de eucalipto na região é representada por plantações novas.

       Em 2017 as principais lavouras da produção agrícola no Município de Seabra  foram café, tomate e mandioca. Cultivam-se também lavouras de outros produtos. Os principais criatórios são os rebanhos de gado bovino, suíno e ovino. Naquele ano os relatórios IBGE mostraram o rebanho de gado bovino com 15.255 cabeças.

     O Município é servido por muitas empresas de ônibus, que fazem ligação de Seabra com Salvador, Feira de Santana, Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Brasília, Palmas, Recife, Vitória da Conquista, São Paulo e outras cidades. Todos os Municípios da região têm ligação rodoviária direta com Seabra. Esta cidade possui um Terminal Rodoviário (estação rodoviária) com farta movimentação (chegada e saída de ônibus). O imóvel foi construído há muitos anos. Percebe-se que conforme a hora e o dia da semana fica tudo muito apertado. Há informações de que a estação rodoviária será reformada, modificada e ampliada, criando mais conforto para passageiros e melhor acesso para os ônibus, táxis e passageiros.

      Além das linhas de ônibus, existem micro-ônibus e vans, que fazem o transporte alternativo regional. É grande o afluxo de vans e micro-ônibus à cidade de Seabra, procedentes dos Municípios das redondezas, principalmente depois da inauguração do Hospital Regional da Chapada Diamantina. A prefeitura destina duas praças para estacionamento e apoio para os veículos de transporte coletivo regional.

     Outras informações sobre este importante tema você vai encontrar em páginas anteriores, na parte sobre economia da região.

 

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Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.

 

SOBRE O AUTOR

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS é casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.

Colaborador assíduo do Blog Literário do Filemon e trabalha no projeto do livro CHAPADA DIAMANTINA, em elaboração.

 

 


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