segunda-feira, 16 de setembro de 2024

MUNICÍPIO DE SEABRA - PARTE V - SAUL RIBEIRO DOS SANTOS

 




   Rua Coronel Horácio de Matos (no centro). O comércio de Seabra é forte e alcança os Municípios da região.               

 

 

MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

MUNICÍPIO DE SEABRA Parte V

Saul Ribeiro dos Santos

📧saul.ribeiro1945@gmail.com

 

ECONOMIA DO MUNICÍPIO

  

         

Seabra é um Município que apresenta forte e dinâmica economia perante as demais unidades municipais da Chapada Diamantina. Sua localização, seu clima, seu comércio e seus pontos turísticos são fatores importantes para o desenvolvimento. A economia do Município é baseada principalmente nas empresas comerciais, na prestação de serviços, na quantidade de funcionários das repartições públicas e no funcionamento de pequenas indústrias. Serviços médicos, escritórios de engenharia, empresas de transporte, serviços contábeis, escritórios de representação comercial, locadoras de veículos e outras firmas que atuam no ramo da prestação de serviços são encontradas em Seabra. São empresas que dão apoio ao desenvolvimento do Município e por tabela, a toda esta vasta região. O Distrito-sede está situado na posição que os professores de geografia chamam de Centro Geográfico da Bahia. 

      Outro assunto que vale destacar é a parte do ecoturismo regional. A partir de Seabra o visitante pode ter acesso a todos os pontos turísticos com transportes e guias turísticos especializados. O Município oferece aos turistas uma boa rede hoteleira para atender a todos os níveis de turistas e viajantes. No território deste Município e arredores encontram-se muitos pontos de áreas naturais que demonstram grande significado.

      Há oportunidades de negócios. Os empreendedores (pessoas decididas a formar empresas e produzir algo) precisam de estímulo e entusiasmo. “Nada no mundo é tão contagioso como o entusiasmo. O entusiasmo balança as pedras e encanta as feras”. (1)

A pessoa entusiasmada consegue dinamizar e encorajar um grande grupo de pessoas ou até mesmo uma comunidade.

        Percebe-se que é necessário o surgimento e a formação de pessoas imbuídas com espírito empreendedor. Aqui em Seabra, como também em todos os Municípios da Chapada Diamantina, percebe-se esta grande necessidade. Normalmente o empreendedor toma iniciativa, abre empresas, cria vagas de trabalho e assim promove o desenvolvimento. É isto que interessa ao nosso Município, ao nosso Estado da Bahia e ao Brasil. O empreendedor está sempre planejando, criando novos produtos e novos métodos para produzir mais e melhor.

     Vale salientar que o comércio de Seabra pode ser considerado intenso. Também é interessante observar que todo e qualquer processo de comercialização tem espaço para melhorar ainda mais. Não só em Seabra, mas em todos os Municípios da Chapada Diamantina.

        É necessário que haja forte intercâmbio comercial e cultural entre os Municípios desta vasta região. Eventos dessa natureza, em grande parte, dependem do interesse dos políticos locais e estaduais.

        Em Seabra existem duas fábricas de postes de concreto armado para abastecer a região com a ampliação da rede de energia elétrica para os povoados e para toda a zona rural das redondezas. Possui granjas e abatedouros que trabalham com a finalidade de abate, embalagem e exportação de frangos congelados. Possui uma indústria metalúrgica que produz reboques para atrelar em veículos grandes e pequenos. Existem várias outras pequenas indústrias. Entretanto, nota-se a falta de uma usina de asfalto para suprir as necessidades locais e dos Municípios da região.

       Outro fato muito importante para o progresso da economia do Município de Seabra e de toda esta vasta região foi a abertura da estrada ligando Salvador à nova capital federal. A construção da rodovia federal, a BR-242, ligando Salvador  (em conexão com as BR-116 e BR-324) a Brasília - o Distrito Federal. Esta grande obra de integração foi idealizada e iniciada no governo do Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que era um idealista, um sonhador. Mas ele não ficava só no sonho. Tomava as providências necessárias para o sonho virar realidade. Inicialmente Juscelino foi capitão-médico da PM mineira. Em 1940 o governador de Minas, Benedicto Valadares, o nomeou como prefeito de Belo Horizonte. Durante a sua gestão demonstrou, e foi de fato, um grande prefeito. Abriu avenidas novas, construiu pontes, construiu hospitais dotados de toda boa aparelhagem da época. Um ano após a sua posse ele chamou Oscar Niemayer e outros engenheiros e construiu um centro administrativo chamado “Pampulha”. Juscelino Kubitschek tinha vontade de administrar bem, trabalhar e fazer o progresso aparecer.

      Pois bem. Juscelino Kubitschek foi eleito Presidente da República do Brasil em 3 de outubro de 1955 e governou o Brasil de 31 janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961. Sendo um homem inteligente e corajoso, ele começou a articular forças políticas e tomar as providências para o desenvolvimento do Brasil. Ele percebeu que não era uma tarefa fácil, mas não recuou, nem ficou parado. Foi avante com os planos do desenvolvimento.

        No caso da construção de Brasília, antes de tudo, aconteceu o seguinte: - Em 28 de novembro de 1807 o grande D. João VI  saiu de Lisboa com seus auxiliares, tendo como destino o Brasil. Chegou ao porto de São Salvador no dia 22 de janeiro de 1808. No dia seguinte desembarcaram, ele e sua grande comitiva. Poucos dias depois assinou vários  documentos, inclusive a Carta régia que autorizava a abertura dos portos brasileiros para as nações amigas. Revogou o Alvará de 1785 que proibia o Brasil de ter atividades manufatureiras. No primeiro semestre de 1809 ele assinou uma Lei isentando de impostos as importações de matérias primas para fabricação de produtos aqui no Brasil. O objetivo era o desenvolvimento e geração de empregos. Planejou e mandou organizar uma escola de medicina na Bahia. No segundo semestre de 1809 falava-se em uma nova Lisboa no centro do Brasil. No mês seguinte o Rei viajou para o Rio de Janeiro e declarou que os planos para o Brasil incluíam a interiorização da capital (não deveria ficar eternamente no litoral).


1)  A Lei do Triunfo, livro escrito pelo professor e industrial norte-americano, Napolion Hill. 25ª edição, pág. 575. Editora José Olympio, 2004.

 

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Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.

 

SOBRE O AUTOR:

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.

Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das  Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.

 


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