Rua Coronel Horácio de Matos (no centro). O comércio de Seabra é forte e alcança os Municípios da região.
MUNICÍPIOS
DA CHAPADA DIAMANTINA
MUNICÍPIO DE SEABRA
Parte V
Saul
Ribeiro dos Santos
ECONOMIA DO MUNICÍPIO
Seabra é um Município que apresenta forte e dinâmica economia perante as demais unidades municipais da Chapada Diamantina. Sua localização, seu clima, seu comércio e seus pontos turísticos são fatores importantes para o desenvolvimento. A economia do Município é baseada principalmente nas empresas comerciais, na prestação de serviços, na quantidade de funcionários das repartições públicas e no funcionamento de pequenas indústrias. Serviços médicos, escritórios de engenharia, empresas de transporte, serviços contábeis, escritórios de representação comercial, locadoras de veículos e outras firmas que atuam no ramo da prestação de serviços são encontradas em Seabra. São empresas que dão apoio ao desenvolvimento do Município e por tabela, a toda esta vasta região. O Distrito-sede está situado na posição que os professores de geografia chamam de Centro Geográfico da Bahia.
Outro assunto que vale destacar é a parte
do ecoturismo regional. A partir de Seabra o visitante pode ter acesso a todos
os pontos turísticos com transportes e guias turísticos especializados. O
Município oferece aos turistas uma boa rede hoteleira para atender a todos os
níveis de turistas e viajantes. No território deste Município e arredores
encontram-se muitos pontos de áreas naturais que demonstram grande significado.
Há oportunidades de negócios. Os
empreendedores (pessoas decididas a formar empresas e produzir algo) precisam
de estímulo e entusiasmo. “Nada no mundo é tão contagioso como o entusiasmo.
O entusiasmo balança as pedras e encanta as feras”. (1)
A pessoa
entusiasmada consegue dinamizar e encorajar um grande grupo de pessoas ou até
mesmo uma comunidade.
Percebe-se que é necessário o
surgimento e a formação de pessoas imbuídas com espírito empreendedor. Aqui em
Seabra, como também em todos os Municípios da Chapada Diamantina, percebe-se
esta grande necessidade. Normalmente o empreendedor toma iniciativa, abre
empresas, cria vagas de trabalho e assim promove o desenvolvimento. É isto que
interessa ao nosso Município, ao nosso Estado da Bahia e ao Brasil. O
empreendedor está sempre planejando, criando novos produtos e novos métodos
para produzir mais e melhor.
Vale salientar que o comércio de Seabra
pode ser considerado intenso. Também é interessante observar que todo e
qualquer processo de comercialização tem espaço para melhorar ainda mais. Não
só em Seabra, mas em todos os Municípios da Chapada Diamantina.
É necessário que haja forte intercâmbio
comercial e cultural entre os Municípios desta vasta região. Eventos dessa
natureza, em grande parte, dependem do interesse dos políticos locais e
estaduais.
Em Seabra existem duas fábricas de
postes de concreto armado para abastecer a região com a ampliação da rede de
energia elétrica para os povoados e para toda a zona rural das redondezas.
Possui granjas e abatedouros que trabalham com a finalidade de abate, embalagem
e exportação de frangos congelados. Possui uma indústria metalúrgica que produz
reboques para atrelar em veículos grandes e pequenos. Existem várias outras
pequenas indústrias. Entretanto, nota-se a falta de uma usina de asfalto para
suprir as necessidades locais e dos Municípios da região.
Outro fato muito importante para o
progresso da economia do Município de Seabra e de toda esta vasta região foi a
abertura da estrada ligando Salvador à nova capital federal. A construção da
rodovia federal, a BR-242, ligando Salvador
(em conexão com as BR-116 e BR-324) a Brasília - o Distrito Federal.
Esta grande obra de integração foi idealizada e iniciada no governo do
Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, que era um idealista, um sonhador.
Mas ele não ficava só no sonho. Tomava as providências necessárias para o sonho
virar realidade. Inicialmente Juscelino foi capitão-médico da PM mineira. Em
1940 o governador de Minas, Benedicto Valadares, o nomeou como prefeito de Belo
Horizonte. Durante a sua gestão demonstrou, e foi de fato, um grande prefeito.
Abriu avenidas novas, construiu pontes, construiu hospitais dotados de toda boa
aparelhagem da época. Um ano após a sua posse ele chamou Oscar Niemayer e
outros engenheiros e construiu um centro administrativo chamado “Pampulha”.
Juscelino Kubitschek tinha vontade de administrar bem, trabalhar e fazer o
progresso aparecer.
Pois bem. Juscelino Kubitschek foi eleito
Presidente da República do Brasil em 3 de outubro de 1955 e governou o Brasil
de 31 janeiro de 1956 a 31 de janeiro de 1961. Sendo um homem inteligente e
corajoso, ele começou a articular forças políticas e tomar as providências para
o desenvolvimento do Brasil. Ele percebeu que não era uma tarefa fácil, mas não
recuou, nem ficou parado. Foi avante com os planos do desenvolvimento.
No caso da construção de Brasília,
antes de tudo, aconteceu o seguinte: - Em 28 de novembro de 1807 o grande D.
João VI saiu de Lisboa com seus
auxiliares, tendo como destino o Brasil. Chegou ao porto de São Salvador no dia
22 de janeiro de 1808. No dia seguinte desembarcaram, ele e sua grande
comitiva. Poucos dias depois assinou vários
documentos, inclusive a Carta régia que autorizava a abertura dos portos
brasileiros para as nações amigas. Revogou o Alvará de 1785 que proibia o
Brasil de ter atividades manufatureiras. No primeiro semestre de 1809 ele
assinou uma Lei isentando de impostos as importações de matérias primas para
fabricação de produtos aqui no Brasil. O objetivo era o desenvolvimento e
geração de empregos. Planejou e mandou organizar uma escola de medicina na
Bahia. No segundo semestre de 1809 falava-se em uma nova Lisboa no centro do
Brasil. No mês seguinte o Rei viajou para o Rio de Janeiro e declarou que os
planos para o Brasil incluíam a interiorização da capital (não deveria ficar
eternamente no litoral).
1) A Lei do Triunfo, livro escrito pelo professor e industrial norte-americano, Napolion Hill. 25ª edição, pág. 575. Editora José Olympio, 2004.
______________________
Este
texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em
elaboração.
SOBRE O AUTOR:
SAUL RIBEIRO DOS
SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos
Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro,
com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e
Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências
Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num
grande banco comercial.
Sempre gostou de
escrever. Apaixonado por assuntos das
Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e
costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer
melhor a história regional.
Autor do livro
DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos
Livros, de Feira de Santana, Bahia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário