quarta-feira, 19 de junho de 2024

MORTE DA ÁRVORE - FILEMON MARTINS

 



MORTE DA ÁRVORE 

(Lendo o soneto ÁRVORE MORTA, do Padre Saturnino de Freitas) 

Filemon Martins 

 

      Árvore triste, que ontem foi bonita, 

             não tens mais ramos, frutos e nem flores,   

      dos pássaros não és mais favorita 

      e não abrigas mais tantos amores. 

 

      Neste teu tronco já ninguém habita, 

      sequer amantes loucos, sonhadores, 

      que outrora segredavam na Mesquita 

      de suas folhas vivas, multicores... 

 

      Quantas vezes ouviste namorados 

      em carinhos e beijos, descuidados, 

      como se o tempo não fosse passar. 

 

      Hoje, teus galhos secos, ressequidos, 

      são lembranças de sonhos esquecidos, 

      que nunca mais, na vida, vão voltar! 

 

 

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