MÃE
Mário Barreto França
Mãe! Quando eu vejo um berço onde se inclina
a mais santa mulher, que o filho agrada.
Lamento a minha vida e a minha sina
que me fez te perder na infância amada.
De então, pela existência
peregrina,
falta-me tudo - Mãe! – não tenho nada
que me dispense a graça pequenina
duma amizade desinteressada...
Ai! Quem me dera te tornar à vida
para inda ouvir a tua voz querida
e em teus braços maternos repousar!
Porque somente o que tem mãe no mundo
pode encontrar no seu amor profundo
a fé e o alento para crer e amar...
(LIVRO "SOB OS CÉUS DA PALESTINA", PÁGINA 70)

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