ABRANGÊNCIA
Vanda Fagundes Queiroz
Minha tristeza está no passo triste
que à minha frente vejo desfilar.
Minha tristeza está no dedo em riste
que em vão persiste ainda em discordar.
Minha tristeza também chora e insiste
em esperanças que não têm lugar;
e outra tristeza anônima, se existe,
minha tristeza anseia consolar.
Minha tristeza é feita de mil rostos
e de mil fomes e de mil desgostos
e de mil nomes, de quem triste viva.
E por assim sentir-lhe tal grandeza,
nem sei se é minha só, minha tristeza,
pois se tornou... tristeza coletiva!
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