ELOGIO AO SONETO
Filemon Martins
No meu viver de agitação, proscrito,
eu busco a paz para escrever um verso
e de alma pura, coração contrito,
procuro a melhor rima do Universo.
O desespero aperta, estou aflito...
- Como escrever num mundo tão perverso?
A inspiração me acode com um grito,
e o meu soneto nasce, incontroverso...
Ao verbo de Camões me fiz escravo,
em busca da palavra me fiz bravo,
para dar ao soneto nova aurora...
Que o pavilhão tremule lá na praça,
e brilhando, qual pérola sem jaça,
reine o soneto pelo mundo afora!
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