terça-feira, 5 de março de 2024

ELOGIO AO SONETO

 



ELOGIO AO SONETO

Filemon Martins 



No meu viver de agitação, proscrito, 

eu busco a paz para escrever um verso 

e de alma pura, coração contrito, 

procuro a melhor rima do Universo. 


O desespero aperta, estou aflito... 

- Como escrever num mundo tão perverso? 

A inspiração me acode com um grito, 

e o meu soneto nasce, incontroverso... 


Ao verbo de Camões me fiz escravo, 

em busca da palavra me fiz bravo, 

para dar ao soneto nova aurora... 


Que o pavilhão tremule lá na praça, 

e brilhando, qual pérola sem jaça, 

reine o soneto pelo mundo afora! 


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