A ALEGRIA
Mário Barreto França
Venho do reino das consciências puras
Para o país dos puros sentimentos;
Das boas obras faço mil venturas
E das belas ações áureos talentos.
Ponho na alma que aos outros se oferece
A sublime renúncia de quem ama,
A celeste harmonia de uma prece
Que em cascatas de bênçãos se derrama.
E esse gozo interior, com que premeio
O que salva na vida um desgraçado,
Vibra e canta feliz dentro do seio
O concerto do amor recompensado.
Faze, pois, dessa força que te resta
O poema sublime das virtudes,
Para que o mundo se apresente em festa
Na pureza das suas atitudes.
(O Louvor dos Humildes, página 168)
Nenhum comentário:
Postar um comentário