TROVAS DE CARLOS RIBEIRO ROCHA

 

TROVAS DE CARLOS RIBEIRO ROCHA

No velho sítio Olho d'Agua,

onde as serras altas são,

chorei, e não foi de mágoa,

- foi nascendo no Sertão.

De ser magro, minha gente,

não tenho - confesso - mágoa,

o rio, em sua nascente,

é também filete d'água.

Detesto a intriga, o revide,

porque, na vida, o que alcanço

é o dia - para que eu lide,

e a noite - para o descanso.

Amigo, seja cordato,

que a vida é sempre esse jogo:

o fogo - incendeia o mato,

a fonte - elimina o fogo

( ANUÁRIO DE POEAS DO BRASIL - 1979 - 4º VOLUME, PÁGINAS 65/68)