quinta-feira, 30 de novembro de 2023

CADEIRA N. 7 - MEMBRO TITULAR: APARECIDO RAIMUNDO DE SOUZA



Cadeira n. 7 – Membro Titular: Aparecido Raimundo de Souza

Patrono: Mário Quintana




Aparecido Raimundo de Souza, natural de Andirá/PR, nasceu em 19 de março de 1953. Filho de Roberto Raymundo de Souza e Sebastiana Domingues de Souza, ambos já falecidos. Criado pelo avô João Raymundo de Souza e pela avó Martinha Maciel, passou parte da sua infância no km 29, uma parada da antiga Estrada de Ferro Sorocabana próxima de Osasco, indo residir depois em Osasco e, em seguida, na vizinha Carapicuíba, fez os primeiros estudos no Grupo Escolar daquela cidade. Terminado o primário, partiu em busca de seu sonho. 
Desde tenra idade, Aparecido descobriu a vocação para escrever. Aos doze anos, deu vida ao livro “O menino de Andirá,” onde contava a sua vida desde os primórdios de seu nascimento, o qual nunca chegou a ser publicado.
Continuou escrevendo, mas por algum tempo seus textos não saíram da gaveta. Os originais de seu primeiro livro “O Menino de Andirá,” em face de uma série de mudanças acabou se perdendo. Em Osasco, Aparecido Raimundo de Souza foi responsável, de 1973 a 1981, pela coluna Social no jornal “Municípios em Marcha” (hoje “Diário de Osasco”). Neste jornal, além de sua coluna social, escrevia também crônicas, embora seu foco fosse viver e trazer à público as efervescências apenas em prol da sociedade local. 
Anos depois, saiu do “Municípios em Marcha” e passou a escrever para o Jornal “A Região” (1982 a 1985). Publicou algumas crônicas. Aos vinte anos, ingressou na Faculdade de Direito de Itu, formando-se bacharel em direito. Após este curso, matriculou-se na Faculdade da Fundação Cásper Líbero, diplomando-se em jornalismo. Sua primeira oportunidade surgiu ao ir trabalhar com o jornalista Décio Picinini, jurado do Programa Silvio Santos e Ratinho, sendo também apresentador do programa de “Papo pro ar,” pela Rede Brasil de Televisão. 
Décio Piccinini, na época diretor de redação da “Revista Isto é Gente,” lhe abriu as portas para voos mais altos. Em 1995, passou a escrever para a Revista Talismã Gold em Vitória, no Espírito Santo, ficando até o falecimento de seu editor, o jornalista José Ângelo da Silva Fernandes, fato ocorrido em junho de 2003.  Antes, colaborou como cronista, para o Jornal de “O Pontual” de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro (1974) Jornal de Brotas (2002), Revista Vale do Aço com sede em Ipatinga, Minas Gerais (1995), Gazeta de Assis (2007), A Gazeta do Rio de Janeiro em 2007 A Tribuna de Vitória e Jornal A Gazeta, entre outras de 2008 a 2012.  
Hoje, Aparecido é free lancer da Revista ”QUEM” (da Rede Globo de Televisão), onde se dedica a publicar diariamente fofocas e disse me disse dos famosos.  Escreve crônicas sobre os mais diversos temas as quintas-feiras para o jornal “O Dia, no Rio de Janeiro.” Mantém uma coluna intitulada “Rasgando o Verbo” na Revista Cão que Fuma, com sede em Lisboa, publicando seus textos todas as terças e sextas-feiras.
Reside atualmente em Vila Velha/ES.

PUBLICAÇÕES:
– Quem se abilita” (sem o agá)  (2006) com prefácio do escritor Paulo Coelho;
– O Cristo recrucificado (2006);
– Talvez eu volte para casa na primavera (2007);
– Os rios morrem de sede (2007);
– Tudo que eu gostaria de ter dito (com imagens do artista plástico Wagner Veiga (2007); 
– O três desejos (2007);
– Com os chifres à Flor da cabeça (2007);
– Amor, não é nada disso que você está pensando (2008);
– A outra perna do saci, com prefácio de Zeca Camargo  (2009);
– O vulto da sombra estranha (2009);
– Tudo o que eu gostaria de ter dito (2010);
– Do fundo do meu coração (2010);
– Refúgio para cornos avariados (2011);
– Cinco contra um (2011);
– Havia uma ponte lá na fronteira (2012);
– Como matar sua mulher sem deixar vestígios (2012);
– Parada de sucessos (2012);
– Travessuras de Mindinho e Fura-bolos (2013);
– Como matar sua mulher sem deixar vestígios (2013);
– As mentiras que as mulheres gostam de ouvir (2014);
– Boca de encrenca (2014);
– Se a vida me desse uma segunda chance (2014);
– Babilônia (2015);
– Mulheres em Estado de coma (2015);
– O Silencio estilhaçado (2016);
– Ligações perigosas, com apresentação do escritor Luiz Fernando Veríssimo (2016);
– Pipa voadora (2017);
– Amor de incesto (2018);
– Navegante das palavras (2022) e-book.

NO PRELO:
 – “Coriscando” com prefácio de Manuela Dias, autora de novelas da Rede Globo. Este trabalho será lançado em E-book. 

Possui várias composições gravadas (músicas gospel), além de outras melodias fora do contexto evangélico.
Atualmente Aparecido Raimundo de Souza está preparando o livro “Comédias da vida na privada,” com apresentação do escritor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo.

TROVAS DE SYMACO DA COSTA

 

                                (FOTO ENVIADA PELO PRIMO SANDRO-IPUPIARA-BAHIA)


    TROVAS DE SYMACO DA COSTA (Canavieiras-Ba-1914-Queimados-RJ-1982)

 

Quanto mais o tempo corre,

mais corre o tempo da gente,

e quem ao tempo recorre

perde o tempo inutilmente.

 

Do inimigo aperte a mão,

com doçura, sem rancor.

Ao contato do perdão

toda pedra vira flor!...

 

Para o mal, eu tenho o bem;

para o ódio, o meu perdão.

Para o amor, tenho também

muito amor no coração.

 

Contar segredo à mulher

é falar ao mundo inteiro

aquilo que não se quer

que o mundo saiba primeiro.

 

Há tanto burro mandando

em homens de inteligência

que, às vezes, fico pensando

que a burrice é uma ciência.

 

(Do site FALANDO DE TROVA)


  

INGRATIDÃO

 

                                        (FOTO ENVIADA PELO PRIMO SANDRO-IPUPIARA-BAHIA)


INGRATIDÃO

RAUL DE LEONI (Petrópolis-RJ-1895/1926)


Nunca mais me esqueci!... Era criança

e em meu velho quintal, ao sol-nascente,

plantei, com minha mão ingênua e mansa,

uma linda amendoeira adolescente.


Era a mais rútila e íntima esperança...

cresceu... cresceu... e aos poucos, suavemente,

pendeu os ramos sobre um muro em frente

e foi frutificar na vizinhança...


Daí por diante, pela vida inteira,

todas as grandes árvores que em minhas

terras, num sonho esplêndido semeio,


como aquela magnífica amendoeira,

reflorescem nas chácaras vizinhas

e vão dar frutos no pomar alheio...


(Do site FALANDO DE TROVA)

 

TROVAS DO FILEMON

 


TROVAS DO FILEMON

 

Criança, teu sorriso é tudo

Com um brilhante porvir,

Se amparada com estudo

O mundo pode sorrir.

 

Ouço o barulho das águas

Que se batem nos rochedos,

Vão levando minhas mágoas,

Vão sepultando segredos.

 

Teu amor é o mais profundo

Que a minha vida completa

E vem a cada segundo

Inspirar este poeta.

 


TROVAS DO FILEMON

 



TROVAS DO FILEMON

 

Um exemplo a ser seguido,

crer e amar como ninguém,

que este gesto comovido

não machuca, só faz bem.

 

Abrindo a boca dos ventos,

farfalhando em arvoredos

nascem sonhos, sentimentos

que sufocam nossos medos.

 

Com tanto brilho e beleza,

a vida começa, agora,

prometendo, com certeza,

a luz de uma nova aurora.

 





quarta-feira, 29 de novembro de 2023

CAPRICHO

 



CAPRICHO

Filemon Martins

                 

Quis o destino, caprichoso, um dia,

que eu sofresse, na terra, grande dor.

Conspiração dos astros da poesia

que me fizeram crer no teu amor.

 

Ingênuo, acreditei na fantasia

que me ofertou teu lábio sedutor,

e vi morrendo, aos poucos, a alegria

quando partias como o beija-flor.

 

Eras a estrela vésper do meu sonho

povoavas meu céu sempre risonho

em noites de fulgor e de luar...

 

Mas me deixaste assim, cama vazia,

sem ter ninguém na madrugada fria,

um condenado à morte por amar.

 


CÂNTICO DA ESPERANÇA

 



CÂNTICO DA ESPERANÇA

Filemon Martins

 

Depois de palmilhar estrada afora,

A vida, sutilmente, me ensinou

Que em cada dia nasce nova aurora

E me diz que a Esperança não findou.

 

Na vida muitos sonhos vão embora,

Outros chegam... Nem tudo terminou.

A Luz há de brilhar a qualquer hora,

Que um futuro melhor já começou.

 

- Ó vós que andais sozinhos pelo mundo

Achando que o passado é charco imundo,

Praticai sempre o bem seja a quem for.

 

Porque no coração – templo sagrado,

O sonho há de voltar – iluminado -

Trazendo sempre uma lição de Amor!

 

MEUS PESARES

 



MEUS PESARES
Filemon Martins
 
Faz tanto tempo, eu me recordo agora
do amor sonhado quando jovem era,
mas que partiu levando a luz da aurora
deixando sem amor minha tapera.

Chorei e muito quando foste embora
ao constatar que a vida não espera,
e tive medo, um medo que apavora
quando se perde o amor na primavera.

Quanto tempo passou. Hoje cansado,
a lembrança avivou o meu passado,
já não procuro mais outra ilusão...

Restou somente esta saudade louca
dos beijos que deixei em tua boca,
e esta mágoa de amor no coração!

 

terça-feira, 28 de novembro de 2023

A ROÇA

 



A ROÇA

Rita Rocha

 


 O brilho do sol na alvorada

trazendo o dia a nascer...

e o canto da passarada

alegrando o amanhecer...


O sol vai iluminando a mata

o campo e a estrada...

a faina começa na roça

bem cedo, de madrugada...


É o trato com a boiada...

outra vida, que vai nascer...

a luta é sempre apressada

nada se pode perder...


A cada minuto que passa

mais atividades vencer...

só quem luta numa roça

consegue...a tudo entender !

 

(FONTE AVBAP)

EU SEI...

 



EU SEI...
Filemon Martins

 

Eu sei que você tem razão
quando reclama da vida,
dos preconceitos sociais,
da insensibilidade do mundo.
- Mercenários do poder –
que perseguem, oprimem,
bajulam e exploram...
Quando descrente, afirma
que já não crê em ninguém,
que as mulheres são falsas
e os homens são egoístas...

Eu sei
você está desanimado no mundo desigual,
tudo parece estar perdido,
já não existe paz:
- só problemas que você, todos os dias,
do escritório, da rua ou da escola,
do ônibus ou do metrô leva para o lar...

Mas pense um pouco, por que se desesperar?
A riqueza maior você já tem:
- um sorriso terno, um carinho amigo,
uma mulher amada...

Ah! Não desanime,

Deus existe e está tão perto,

Ele não vai falhar.
Lute, confie e seja forte
que logo o temporal vai terminar
e um novo dia calmo e esperançoso
com Deus decerto há de raiar!

O QUE É A VIDA?

 



O QUE É A VIDA?

Filemon Martins


                 

A vida é uma jornada de aventura,

O ser humano nasce, cresce e morre.

Uma réstia de sonho e de ventura,

Eis o prêmio maior a que concorre.


A mocidade passa e a desventura

Vem apressada e pela vida escorre

Impondo ao coração essa amargura

Que mata devagar... e não socorre...


Eis a vida, em resumo, companheiro,

Mas a esperança e a fé falam primeiro

E amenizam, no mundo, a nossa dor.


Porque depois a vida é permanente

Numa escola avançada e inteligente

Sempre em busca de Deus, o Criador!


 

INSPIRAÇÃO

 



INSPIRAÇÃO

Eugenio de Freitas


Olhar erguido ao céu, na dor procuro

feliz inspiração para um soneto;

e em riso branco se transforma o preto

dos ais, em que me ensombro e me torturo.


Aclara-se um caminho, todo escuro,

ao conservar-se a Cruz por amuleto...

Agora me domino, e me prometo

maiores esperanças no futuro.


O desprazer se afasta ao som da lira,

que me devolve a paz e que me enleva,

por mais certeiro o golpe que me fira.


O artista, no que faz, os olhos ceva;

à glória de criar ele se atira,

jato de luz que altivo rompe a treva!



(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL - 1980 - 1ºVOLUME, PÁGINA 148)

TROVAS DE OCTAVIO VENTURELLI

 



TROVAS DE OCTAVIO VENTURELLI


O sol no ocaso não viste

porque o dia foi covarde

e chorou quando partiste,

chovendo no fim da tarde...


Jangadeiro de Iracema,

meu pescador de alvoradas,

o teu Nordeste é um poema

escrito pelas jangadas!


Não diga adeus nem brincando,

o adeus é irmão da saudade,

e alguma ausência, escutando,

pode pensar que é verdade...


Ausência é ver os teus braços

em cada abraço de adeus,

viver ouvindo os teus passos

nos passos que não são teus...


(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL - 1980 - 1º VOLUME, PÁGINA 340)

O GRITO DA NATUREZA

 



O GRITO DA NATUREZA

Joaquim Rodrigues de Novais


Que amanhã o sol venha brilhar em você 

Deus iluminando seus passos é só agradecer.


O movimento das árvores, o vento a soprar, 

o  barulho das águas, os pássaros a cantar. 


Veja quantas belezas para se contemplar, 

manifesta a natureza, pare de desmatar.


Não jogue cigarro aceso, preste atenção.        

Pense nos animais que vivem sem proteção.


Gritam os macaquinhos por socorro 

pare de desmatar, 

e veja o alegre amanhecer, 

com o sol radiante a brilhar.


IPUPIARA, 27/11/2023 

MINHAS BARBAS

 



MINHAS BARBAS
Eno Teodoro Wanke

Minhas barbas, crescendo devagar,
me levam à ilusão de ser adulto.
Mas, felizmente para mim, o vulto
do poeta sobrevive, a me salvar...

E sou de novo o príncipe, a sonhar
com leves borralheiras, neste culto
ardente dos meus versos, onde exulto
em juventude haurindo luz solar...

Na minha nobre vida de engenheiro
cultivo com cuidado o meu canteiro
de música, expressada em voz maior,

e, graças à Poesia, continuo
a ser menino grande, e ainda atuo
e saboreio a vida ao meu redor!

(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL, 1980 - 1ª VOLUME, PÁGINA 136)

(FOCALIZADO EM MEU LIVRO "FAGULHAS", PÁGINAS 159/165) 

HOMENAGEM PÓSTUMA

 



Hoje dia 28 de novembro seria aniversário do mano Gutemberg Ribeiro Martins, que nos deixou em 01/05/2022 tão cedo e de repente.
Perdi um irmão, um amigo e companheiro de viagens e caminhadas não só aqui em São Paulo, mas em Itanhaém, no interior da Bahia e em Palmas, Tocantins, quando estávamos por lá visitando o mano Mário Martins, de saudosa memória.

HOMENAGEM PÓSTUMA
(28/11/1954 – 01/05/2022)

Silenciou o Gutemberg... Aquela alegria
que contagiava a todos os amigos
desapareceu no dia Primeiro de Maio,
neste ano de dois mil e vinte e dois.

Meu irmão, meu amigo e companheiro
de tantas andanças, viagens e caminhadas
agora silenciou.
Não se ouvirá sua voz alegre e confiante,
seus amigos de corrida, de conversas
sentirão sua ausência no Parque do Trote,
na Vila Guilherme.
Seus três netos ficarão esperando sua visita,
quase diária, constante e carinhosa.

Mas os bons momentos, boas lembranças,
essas sobreviverão, porque estarão guardadas eternamente no recôndito da alma de todos nós: 
esposa, filhos, netos, noras, amigos, amigas, irmãs e irmãos!
- Até breve.