O SONETO
Carlos Araújo
Fitei a fim o branco do papel
Para ali escrever mais um soneto,
Mas eu já chego ao fim deste quarteto
Sem que o lápis roçasse em meu anel.
Botei rima e com ela sou fiel
Pois não acho este estilo obsoleto.
Finalizo esta estrofe e me arremeto
Indo em frente com ânsia de tropel.
Imagino um soneto assim faceto,
Concebido no subconsciente,
Ao passar para o último terceto.
Quando aponto o meu lápis, finalmente,
Já não é mais um simples esqueleto:
O soneto está pronto em minha mente!
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