MATANÇA
Glória Guedes De Paizzin
Só sobrevive quem se adapta,
Quem não se amoldou, não sobreviveu.
A truculência impede, empata,
Quando se vê partiu ou morreu.
A arrogância, a prepotência farta.
Hoje borboleta, mas já foi lagarta
Presa a casulos infernais
Sem carta de alforria.
A sala é sela, com algema fria
É cratera no meio do caminho,
É alçapão pra passarinho,
É prisão pro jovem sonhador, ambicioso.
É sufocar um artista talentoso.
O lugar mais seguro para o navio é o porto.
Mas, não foi feito somente pra atracar.
Mesmo correndo risco em mar aberto,
Foi feito para navegar.
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