quinta-feira, 7 de setembro de 2023

ENCHENTE

 


        (FOTO ENVIADA POR NÍVEA ZENIA MARTINS)

ENCHENTE

Elenaide Melhado Martinez



É triste ver sofrendo ao desabrigo,

tantas famílias sem teto e sem pão,

crianças a chorar sem ter abrigo,

é de ferir o próprio coração.



Mas a enchente, sem dó nem piedade,

com fúria levou móveis e utensílios.

Dos pobres pais, que atroz calamidade,

levou sem compaixão os próprios filhos.



E assim ela se foi, levando tudo

deixando na alma aquele gesto mudo

de quem sequer consegue reclamar.



E carregando pela vida afora

as consequências do sofrer de agora

tentarão novamente começar.



(LIVRO CANÇÕES DE ESPERANÇA, PÁGINA 28)


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