CONFISSÃO
Hildemar de Araújo Costa (poeta baiano)
Eu quero confessar-te a dor sofrida
após seguir meu novo itinerário,
a mágoa que causou tua partida
e o longo afastamento voluntário.
Cada noite parece dividida
na vasta proporção do calendário!
A tristeza em meu peito é traduzida
como peso da cruz de um solitário.
O tempo se desfaz cada momento
sem contudo, mudar o sentimento,
revelado somente nas ruínas.
Minha mente ao trazer o teu semblante,
tropeça na saudade dominante
e mergulha no tédio das rotinas.
(REVISTA A FIGUEIRA, Nº 111, MAIO DE 2003, PÁGINA 10, EDIÇÃO DE ABEL B. PEREIRA)
Nenhum comentário:
Postar um comentário