ANCHIETA
Martins Fontes (1884 - 1937)
Tudo quanto é branco: o luar, a espuma,
a açucena, o jasmim, o lírio, a neve...
Palidamente o que ele foi descreve,
mas da sua pureza se perfuma.
Nenhum nardo claríssimo, nenhuma
pomba, em nossa existência, triste e breve,
se lhe compara pelo aroma leve,
maciez de pétala ou paladar de pluma.
Quando penso, sonhando, em pleno encanto,
que a minha terra é filha deste Santo,
as velhas pedras de São Paulo adoro...
E, na alegria que alvoroça os ninhos,
com a timidez das ervas nos caminhos,
dobro a cabeça, consolado, e choro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário