ACABADO
Glória Guedes Di Paizzin
A finitude de tudo que é humano, é fato.
Acabam por motivos variados, baratos.
Dúvida, perdoo, fujo ou mato.
Não julguem, vivam o que vivi.
Calcem os meus sapatos.
Ninguém estava lá nos maus-tratos.
Nas injúrias caluniosas, desacatos.
Injustamente, entra pelo cano, de gaiato.
E ter que pagar o pato.
Picuinhas rotineiras, não foi um só ato
Tentei, outra perspectiva, outro ângulo,
outro formato.
Acontecimentos, bons momentos ainda dato.
Bode velho, como se fora novato
Não era, só agro ingrato.
Sem refinamento sem tato.
Desfaz juramentos, contratos.
Na mesma tecla bato.
O que era pra ser imortal, morre.
Hoje, sou indiferente: não morro nem mato.

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