SONETO DE DESILUSÃO
Oldney Lopes
No amanhecer da vida desenhei
Com giz de cera num papel de pão
Com tanto esmero e tanta precisão
O futuro da noite que sonhei.
E veio a tarde, lânguida e risonha
E pouco adiante a noite veio, fria
Com ela a angústia, a escuridão vazia
E a frustração do poeta que sonha
E tal decepção ainda tenho:
Plantei tanta ilusão, com tanto engenho,
Colhi tristeza, desprezo e desdém.
Por querer sempre tudo tive nada
Encontrei pranto onde busquei risada
E sempre quis ser tudo, e fui ninguém!
SOBRE O AUTOR:
Oldney Lopes é mineiro, nascido em Belo Horizonte, onde viveu os primeiros anos de sua infância. Mudou-se com a família para Curitiba/PR, e lá morou durante dois anos, mudando-se para Barbacena/MG, cidade na qual viveria sua juventude e onde escreveria, já aos doze anos, seus primeiros versos. Trabalhou em um jornal daquela cidade e teve, neste emprego, a oportunidade de iniciar-se na produção de textos jornalísticos e publicitários.
Aprovado em concurso público para um banco oficial, passou a residir e trabalhar em diversas cidades de Minas Gerais (Carandaí, Ouro Preto, Mariana, Coronel Fabriciano, Mantena, Ibirité e Brumadinho, onde reside atualmente). Neste emprego, passou por todos os cargos existentes no âmbito das agências em que atuou, de escriturário a gerente geral.
Estudou Direito na Unipac, em Barbacena, e Letras na Faculdade ASA de Brumadinho. Tem especializações em Consultoria Empresarial (pela UNB) e em Psicopedagogia (pela Faculdade ASA de Brumadinho). Economiário de profissão, escritor e profissional das Letras por aptidão, gosta de transitar entre o verso e a prosa, mas com a poeticidade sempre presente em todos os seus textos.
Tipicamente sonetista e trovador, Oldney Lopes valoriza, na poesia, a forma, a sonoridade, a métrica e a rima, sem desprezar, entretanto, a sutileza que as entrelinhas encerram.
(FONTE: TRANSCRITO DO SITE DA POESIA)

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