MALGRADO
João Batista Xavier Oliveira (Bauru/SP)
O tempo está perdendo consistência;
pessoas mal conseguem meditar;
o frenesi, filhote da ciência,
lugar-comum, qualquer seja o lugar.
É a nova era, a febre da existência,
vendendo tudo, até a luz do luar!
E mais distante a luz da Providência
ao livre-arbítrio brilha sem parar.
Como é pequena a vida que se encerra
na plenitude fria da alquimia;
na inexorável sina de uma guerra...
E mesmo assim, malgrado a algaravia,
os nortes fazem parte desta terra;
auroras prenunciam outro dia...!
(FONTE: ALMANAQUE CHUVA DE VERSOS Nº 417, JOSÉ FELDMAN)
Nenhum comentário:
Postar um comentário