terça-feira, 22 de agosto de 2023

MALGRADO

 



MALGRADO

João Batista Xavier Oliveira (Bauru/SP)


O tempo está perdendo consistência;

pessoas mal conseguem meditar;

o frenesi, filhote da ciência,

lugar-comum, qualquer seja o lugar.


É a nova era, a febre da existência,

vendendo tudo, até a luz do luar!

E mais distante a luz da Providência

ao livre-arbítrio brilha sem parar.


Como é pequena a vida que se encerra

na plenitude fria da alquimia;

na inexorável sina de uma guerra...


E mesmo assim, malgrado a algaravia,

os nortes fazem parte desta terra;

auroras prenunciam outro dia...!



(FONTE: ALMANAQUE CHUVA DE VERSOS Nº 417, JOSÉ FELDMAN)


Nenhum comentário:

Postar um comentário