INDIFERENÇA
Elenaide Melhado Martinez
Andando no jardim ao sol poente,
um menino infeliz vi a chorar
sozinho, sem ninguém, sem um parente,
sem ter onde a cabeça reclinar.
Sem destino o pobre adolescente
vivia pelas ruas a vagar;
e o mundo, à sua dor, indiferente
seguia seu percurso milenar.
E eu perguntei: será que neste mundo
não há um sentimento mais profundo
que os desejos de fama e posição?
Será que nada mais há que a vaidade
no coração da pobre humanidade
que ao triste ninguém sabe dar a mão?
(LIVRO ¨CANÇÕES DE ESPERANÇA¨, PÁGINA 25)

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