terça-feira, 25 de julho de 2023

NOITE CHUVOSA

 

                                                       (FOTO DA INTERNET)


NOITE CHUVOSA

Eno Theodoro Wanke (1929/2001)


Ah, chuva triste, triste de beleza,

minha alma se enternece muito quando,

tão mansa e desgostosa, vens chorando

nas calhas tua mórbida tristeza...


É como se eu sentisse uma fraqueza

estranha e inexplicável penetrando

em mim, um sentimento muito brando,

que dói, que dói... Saudades, com certeza!


Eu tento ler. Ai, não! Não posso ler.

Ah, chuva, chuva atroz que nunca cessas,

por que é que não me deixas esquecer?


Que mágoa, tendo amor, ser condenado

a ter saudades numa noite dessas,

com chuva murmurando no telhado!...


(Do livro “À SOMBRA DOS VERSOS EM FLOR”, página 66)

(FOCALIZADO EM MEU LIVRO ¨FAGULHAS¨, PÁGINAS 159/165)

Nenhum comentário:

Postar um comentário