MEU PAI (IN MEMORIAM) – OUTRO SONETO QUE ESCREVI NO CALOR DA EMOÇÃO, EM 1970.
Filemon Martins
Ele era bom; amigo verdadeiro,
a todos demonstrava o mesmo amor.
Em vida foi exemplo brasileiro
no sofrimento atroz, na própria dor.
Amante do saber, humilde obreiro,
da esperança e do bem foi pregador.
Viveu para servir, foi companheiro
e em tudo quanto fez, foi professor.
Ele morreu; toda a cidade chora,
não há mais alegria como outrora,
só existe a tristeza e o dissabor...
E o céu pra recebê-lo foi-se abrindo,
porquanto ele morreu, morreu sorrindo,
e sorrindo partiu para o Senhor!
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