ANTONIO CONSELHEIRO E AS VINTE E CINCO IGREJAS
Carlos Araújo
(Observação do Blog: este poema foi composto com 24 estrofes. Para facilitar a publicação, dividimos o poema em 4 partes de 6 estrofes) - Continuação...
13
Essas pesquisas eu fiz
Porque algo me faltava
Nenhuma “fonte” explicava
Um fato muito importante.
Aquela imagem “intrigante”
Que planejou “Conselheiro”.
O comerciante e obreiro
Que “bolou” um “visual”
Que fascinou sem igual
No cenário brasileiro:
14
De barba e grandes cabelos
Alto e magro de feição
Com batina de azulão
Nos pés sandálias de couro.
Imagem de bom agouro
Só andava de bastão
E na cintura um cordão
Com enorme crucifixo.
Naquela imagem me fixo
Procurando explicação.
15
Não bastasse aquela “imagem”
Tinha um certo ritual.
Era caso habitual
Pedir ao rico pro pobre.
Essa atitude tão nobre
Dava mais o que pensar
E só fazia espalhar,
Pelo sertão, sua fama.
Aquilo era uma trama
Difícil de destrinchar.
16
E nesse ponto eu parei
Pensando o que fazer.
– Continuar a escrever
Sem essa luz clarear?
Refletindo, fui deitar
Tava cansado e dormi
E no sonho eu consegui!
É que nesse sonho meu
Conselheiro apareceu
E me contou tudo…*ali.
17
– *O fato que quer saber
Eu fiz de caso pensado,
Depois de ter estudado
A mente do sertanejo
Eu auscultei seu desejo
Para a minha atuação.
Fiz essa “transformação” –
Trabalho de marqueteiro.
No Brasil fui o primeiro
A ter essa profissão.
18
– Ocorreu no Ceará
A desavença cruel
Da família Maciel
Com todos os Araújo.
Não havia um só refúgio,
Isso marcou gerações,
Ensanguentou os sertões
Com morte de vinte e cinco.
Eu rezei com muito afinco
Pra cessarem as agressões.

Nenhum comentário:
Postar um comentário