quarta-feira, 12 de julho de 2023

ANTONIO CONSELHEIRO E AS VINTE E CINCO IGREJAS

 


ANTONIO CONSELHEIRO E AS VINTE E CINCO IGREJAS

Carlos Araújo  

(Observação do Blog: este poema foi composto com 24 estrofes. Para facilitar a publicação, dividimos o poema em 4 partes de 6 estrofes) - Continuação...

13

Essas pesquisas eu fiz

Porque algo me faltava

Nenhuma “fonte” explicava

Um fato muito importante.

Aquela imagem “intrigante”

Que planejou “Conselheiro”.

O comerciante e obreiro

Que “bolou” um “visual”

Que fascinou sem igual

No cenário brasileiro:

14

De barba e grandes cabelos

Alto e magro de feição

Com batina de azulão

Nos pés sandálias de couro.

Imagem de bom agouro

Só andava de bastão

E na cintura um cordão

Com enorme crucifixo.

Naquela imagem me fixo

Procurando explicação.

15

Não bastasse aquela “imagem”

Tinha um certo ritual.

Era caso habitual

Pedir ao rico pro pobre.

Essa atitude tão nobre

Dava mais o que pensar

E só fazia espalhar,

Pelo sertão, sua fama.

Aquilo era uma trama

Difícil de destrinchar.

16

E nesse ponto eu parei

Pensando o que fazer.

– Continuar a escrever

Sem essa luz clarear?

Refletindo, fui deitar

Tava cansado e dormi

E no sonho eu consegui!

É que nesse sonho meu

Conselheiro apareceu

E me contou tudo…*ali.

17

– *O fato que quer saber

Eu fiz de caso pensado,

Depois de ter estudado

A mente do sertanejo

Eu auscultei seu desejo

Para a minha atuação.

Fiz essa “transformação” –

Trabalho de marqueteiro.

No Brasil fui o primeiro

A ter essa profissão.

18

– Ocorreu no Ceará

A desavença cruel

Da família Maciel

Com todos os Araújo.

Não havia um só refúgio,

Isso marcou gerações,

Ensanguentou os sertões

Com morte de vinte e cinco.

Eu rezei com muito afinco

Pra cessarem as agressões.


Nenhum comentário:

Postar um comentário