segunda-feira, 26 de junho de 2023

COMO É BOM SER BOM

 

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COMO É BOM SER BOM

Martins Fontes  (1884 – 1937)



Tu, que vês tudo pelo coração,

Que perdoas e esqueces facilmente,

E és, para todos, sempre complacente,

Bendito sejas, venturoso irmão.


Possuis a graça como inspiração

Amas, divides, dás, vives contente,

E a bondade que espalhas, não se sente,

Tão natural é a tua compaixão.


Como o pássaro tem maviosidade,

Tua voz, a cantar, no mesmo tom,

Alivia, consola e persuade.


E assim, tal qual a flor contém o dom.

De concentrar no aroma a suavidade,

Da mesma forma, tu nasceste bom.


(FONTE CHUVA DE VERSOS, JOSÉ FELDMAN)


SOBRE O AUTOR:


JOSÉ MARTINS FONTES, conhecido como Martins Fontes, nasceu em Santos, São Paulo, no dia 23 de junho de 1884. Filho do médico Silvério Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia, e de Isabel Martins Fontes.

Considerado um dos mais importantes poetas do seu tempo. Conciliou a medicina com a poesia numa época de grandes poetas, como Bilac e Coelho Neto.

Martins Fontes faleceu em Santos, São Paulo, no dia 25 de junho de 1937.

Obras de Martins Fontes

Verão (1917)

A Dança (1919)

A Alegria (1921)

Marabá (1922)

Arlequinada (1922) 

As Cidades Eternas (1926)

Volúpia (1925) 

Rosicler (1926)

O Colar Partido (1927)

Escarlate (1928)

O Mar, A Terra e o Céu (1929)

A Flauta Encantada (1931)

Paulistania (1934)

Sol das Almas (1936)

Canções do Meu Vergel (1937).







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