sexta-feira, 30 de junho de 2023

DESVIA-SE A DIREÇÃO DA BÚSSOLA

 

                                                     (FOTO DA INTERNET)


DESVIA-SE A DIREÇÃO DA BÚSSOLA

Manoel Cardoso


Desvia-se a direção da bússola

talvez não se tenha avaliado bem

o objetivo da empreitada

não houve subjetivos bens, palavras

adágios, preces, denominação

dada à flora e à fauna

que poderão ter subsistido à sanha

de bota impositora?


Que nome se atribuíra a esse chão,

de onde proviera?

Haveria denotação de borda

de rota ou permanência?


Tal nominata conduziria

a algum topo que se cristalizara

na herança legada pela sacra história?


(LIVRO SUBTERRÂNEOS DO SER, PÁGINA 9)


SOBRE O AUTOR:

Brasileiro, oriundo de Sergipe, proveniente de zona rural, gosta de ser chamado de sergipense, filho de agricultor e de professora, que o alfabetizou. Estudou no povoado Gado Bravo (em escola isolada), nos Enforcados (Nossa Senhora das Dores), em Aracaju (Escola Técnica de Comércio de Sergipe), em São Paulo (na USP, graduação e mestrado) e na Escola de Folclore. Trabalhou no comércio, em instituição pública e tem lecionado pelo Brasil afora, Aracaju, Jales, São Paulo. 

Escreveu e publicou vários livros, do infantojuvenil ao didático, poesia, conto, romance e algumas peças de teatro, que encenou com seus companheiros de estudo, nas escolas em que lecionou.

Livros do poeta e professor: ¨SALTU SUPERARE¨ (contos), ¨SUBTERRÂNEOS DO SER¨ (poemas), ¨ARMA' D' ILHAS¨ (poemas), ¨TRANSLÚCIDO SILÊNCIO¨ (poesias), ¨TODO HOMEM NASCE LIVRE¨, ¨ERAM SETE OS DESERTORES¨, ¨A LÍNGUA QUE FALAMOS¨, ¨TEMPO DE ESTRADA¨, entre outros.

É um viajor dos caminhos brasileiros, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, apaixonado que é pelo Brasil.

Enfim, é um cidadão comum, que pensa, trabalha, ensina, estuda e escreve.


(RESUMO ADAPTADO DO LIVRO ¨SUBTERRÂNEOS DO SER¨)

quinta-feira, 29 de junho de 2023

IPUPIARA - BAHIA

 

                                       (FOTO ENVIADA PELO PRIMO SANDRO)


IPUPIARA 

(Retratada no livro “Coronelismo no Antigo Fundão de Brotas,” de Mário Ribeiro Martins - 1943 a 2016)

Filemon Martins


Cravada no Sertão, jardim de flores,

Nasceu uma cidade hospitaleira.

Seus campos coloridos, sedutores,

Tornam a vida bela e alvissareira.


Berço de heróis, poetas, escritores,

Produzem versos na cidade ordeira.

O clima é quente, bom e aviva as cores

Da alegria que é sempre verdadeira.


Ipupiara é flor cheia de encanto,

Cuja beleza inspira o bem, porquanto 

As alegrias são puras e completas.

 

Há de brilhar no céu, mesmo à distância,

Essa Terra de amor e de elegância,

Pois tu és a cidade dos Poetas!




JUNHO - MÊS DOS NAMORADOS

 

                                                                    (2ª EDIÇÃO)


JUNHO – MÊS DOS NAMORADOS 

           (versos sem métrica)

Filemon Martins 

 

O mês de junho, senhores, 

é o mês de muitos amores 

tem minha predileção,

tem festa de padroeiro 

Santo Antônio casamenteiro, 

São Pedro e São João. 


No Dia dos Namorados 

têm casais apaixonados 

e aos beijos de montão. 

Têm amores escondidos, 

têm amores coloridos 

curtindo o amor e a paixão. 


Têm festas e têm folguedos, 

têm corações em segredos, 

tem pipoca e tem quentão. 

Rapazes bailam contentes, 

moças dançam envolventes 

abraçadas no salão. 


A noite fica pequena 

quando rebola a morena 

atiçando os corações. 

Todos a querem na dança 

e a morena já se lança 

no meio dos rufiões. 


São trocas de muitas juras, 

casais que sonham venturas 

que a vida promete dar. 

E vão assim se beijando 

pela vida vão-se amando, 

felicidade... é amar. 



(LIVRO FLORES DO MEU JARDIM)


LEMBRANÇA

 

(FOTO DO FACEBOOK)

LEMBRANÇA
Djanira Pio

Ontem
passeei sob o luar.
Havia essência de flores
e vozes de insetos
pela relva.
Tudo era belo.
Até mesmo a tristeza
suave
da lua descorada.
Nuvens calmas  pelo céu
distante e azul.
Árvores solitárias
e pássaros noturnos,
tudo me fazia lembrar,
nem tristezas
nem recalques,
apenas um gesto,
apenas um gesto
ou uma frase
deixadas para trás.

(FONTE FACEBOOK)

SOBRE A AUTORA:

DJANIRA ARRUDA PIO SOARES nasceu em Santa Rita do Passa Quatro, interior de São Paulo. Viveu sua adolescência na fazenda de seus pais, onde também estudou. Formou-se no curso normal, tornando-se professora primária, depois fez o curso de Letras na Faculdade Anchieta, Português/Francês. Começou a escrever ainda no período escolar, versos rimados e metrificados. Transferiu-se para São Paulo, onde vive atualmente, como professora aposentada. 
Foi casada com o professor Oswaldo Pio Soares, com quem teve três filhos, Débora, Daniel e Rafael. 
Djanira Pio é escritora, poetisa moderna, cronista, contista, romancista e tem colaborado com antologias, jornais e revistas alternativas, entre outros: Jornalzinho e Antologia do Postal Clube, editada por Araci Barreto da Costa, RJ; Antologia Del’Secchi, organização de Roberto de Castro Del’Secchi, Vassouras, RJ; A Figueira, editada por Abel Pereira, Florianópolis, SC; Dicionário de Escritoras Brasileiras, de Nelly Novaes Coelho, SP; Dicionário de Mulheres, organizado por Hilda Agnes Hubner Flores, de Venâncio Aires, RS; Consta da Enciclopédia de Literatura Brasileira, de Afrânio Coutinho e J. Galante de Souza, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, edição revista e atualizada em 2001.
Escreveu e publicou mais de 20 livros, abrangendo poesias, contos, crônicas, minicontos, romances, provando sua versatilidade no campo das Letras. Estreou na literatura em 1964, com a poesia UM CANTO DE CIGARRA. A partir daí nunca mais parou. Alguns dos seus livros: FRAGMENTOS, O TAMANHO DA VIDA, A CIDADE DOS SONHOS, UM CANTEIRO DE MARGARIDAS, SEU NOME ERA SUSANA, A DIFÍCIL VIDA INTELIGENTE, ABISMO, O LADO AVESSO, PRINCÍPIOS DE REDAÇÃO, O CICLO DA VIDA, SERES HUMANOS, AS IMAGENS NO TEMPO, OLHARES, VIVENCIAS, OPÇÕES, O JARDIM DAS CORDEIRINHAS (RG Editores-2021).
Como se vê, seu trabalho é sintético, atual, fácil de ler e aborda as situações vividas pelo dia a dia, pelos seres humanos no Planeta Terra, os conflitos existenciais, especialmente das mulheres em seu cotidiano. A autora também utiliza das redes sociais para transmitir seu recado de inquietação, de inconformismo e às vezes de otimismo com os que vivem no Universo. Alguns dos seus textos foram publicados na França, Itália e Portugal.
Assim, Djanira Pio vai construindo sua obra literária com autoridade de quem sabe manejar as palavras, dando-lhes sentido e fincando seu nome entre os grandes escritores e escritoras brasileiras da modernidade. Tem um lugar garantido no Panorama da Literatura Brasileira e portanto, é uma intelectual que merece ser lida e aplaudida.
(FOCALIZADA EM MEU LIVRO ¨CAMINHOS DO JORDÃO DA BAHIA¨, PÁGINAS 87/89)

      


quarta-feira, 28 de junho de 2023

SONETO AO SORRISO

(FOTO DA INTERNET)

SONETO AO SORRISO
Célia Lamounier de Araújo

Em prosa e verso cante a nossa vida
e apenas cante o tempo da alegria
no sorriso que nasce e desafia
pois a tristeza leve de vencida.

Sorrindo sempre, eis a contrapartida
para enfrentar a triste dor vazia
de algum momento raro, em certo dia,
de solidão, partida ou despedida.

Se a nuvem traz beleza ao céu de anil
traçando formas e figuras mil…
a nossa vida, de sorrisos feita,

Vai ser assim traçada sutilmente
por nuvens de alegria, ternamente
cantando a vida, música perfeita.

SOBRE A AUTORA:

Se estou viva, minha missão não terminou. Não se pode parar. A vida é um caminho de dúvidas e dádivas em busca da imortalidade. Lembrar, em meio às ondas de nosso mar, que os frutos de Deus nascem todos os dias e as gotas de água descem do céu. Viver é agir trocando “favores” alegremente… E ser feliz é uma possibilidade nossa, podemos construir uma vida sadia, temos o privilégio de ir e vir, de cantar e sorrir”
Nascida em Itapecerica MG dia 19.7.43
Advogada, divorciada, aposentada TCE/MG, escritora
Presidente Academia Itapecericana de Letras e Cultura
Academia de Letras de Ipatinga – UBT Vale do Aço
SÓCIA da Academia Municipalista de Letras de MG
Instituto Histórico e Geográfico de MG – IHGMG
Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil – AJEB
Rebra – ACLCL – Avbl – CEN – Academia Petropolitana de Poesia RL (e +várias outras)
Com o advento da Internet tem publicações no Facebook e em vários sites.
(FONTE ACADEMIA BRASILEIRA DE POESIA - CASA RAUL LEONI)


 

terça-feira, 27 de junho de 2023

LENDO O JORNAL

 

(FOTO DA INTERNET)

LENDO O JORNAL
ARACI BARRETO


A roda do tempo, rodando
O tempo da vida, seguindo
O corpo no espaço, girando
A alma sem calma, subindo
O som do silêncio, alarmando
A força do mal, avançando
O ente na vida, vivendo
A vontade de viver, morrendo
O sol no rosto, aquecendo
A mente assustada, rezando
A chuva bem fina, molhando
O pó, sem querer, sufocando
As mãos ansiosas, pedindo
A dor caprichosa, aumentando
A fé no horizonte, surgindo
A noite sem lua, assustando
O povo na terra, sofrendo
O mundo rodando, caindo, sumindo...
 
(POSTAL CLUBE-ANTOLOGIA 14, PÁGINA 18)

SOBRE A AUTORA:
ARACI BARRETO é poetisa, divulgadora literária, publicitária aposentada. Idealizou, fundou e dirigiu o Postal Clube. Organizou, produziu e editou várias Antologias. Criou, produziu e publicou bimestralmente O Jornalzinho. Esquematizou, criou, confeccionou e mantém atualizado o Site na Internet www.postalclube.com.br
É verbete no Dicionário de Mulheres. 
(FONTE POSTAL CLUBE - ANTOLOGIA 16) 

AH! NÃO SEI...

 

                                                    (FOTO DO SITE DA POETISA E ARTISTA PLÁSTICA)


AH! NÃO SEI...

VERA DE BARCELLOS (vera.de.barcellos@gmail.com)



Não sei...

Se sigo as linhas

que se descortinam... ou

se me passo a valsear

os passos de uma valsa de verão.


O sino da capela

toca em surdina iluminada

e lampejos de brilhos seguem

um mesmo caminho que o meu...

Ah! Um vesperal de cantos

surge vagarosamente nos cantos

mais distantes de minhas recordações.


As brumas de um frio energizante

toca um corpo nu,

sedento de paixão...

Não sei se sigo as linhas

que se descortinam

ou se abraço as brumas

de um encanto que já passou...


Quem sabe em outras voltas, que a vida dá

nos valseios em direção ao sonho meu...


(POSTAL CLUBE, O JORNALZINHO, PÁGINA 6)


INGRATIDÃO

 

(FOTO DA INTERNET)

INGRATIDÃO
RAUL DE LEONI (Petrópolis-RJ-1895/1926)


Nunca mais me esqueci!... Era criança
e em meu velho quintal, ao sol-nascente,
plantei, com minha mão ingênua e mansa,
uma linda amendoeira adolescente.

Era a mais rútila e íntima esperança...
cresceu... cresceu... e aos poucos, suavemente,
pendeu os ramos sobre um muro em frente
e foi frutificar na vizinhança...

Daí por diante, pela vida inteira,
todas as grandes árvores que em minhas
terras, num sonho esplêndido semeio,

como aquela magnífica amendoeira,
reflorescem nas chácaras vizinhas
e vão dar frutos no pomar alheio...

(Do site FALANDO DE TROVA)


O ENAMORADO DAS ROSAS

 

(FOTO DA INTERNET)

O ENAMORADO DAS ROSAS
Olegário Mariano  (24/03/1889 a 28/11/1958)


Toda manhã, ao sol, cabelo ao vento,
Ouvindo a água da fonte que murmura,
Rego as minhas roseiras com ternura,
Que água lhes dando, dou-lhes força e alento.

Cada um tem um suave movimento
Quando a chamar minha atenção procura
E mal desabrochada na espessura,
Manda-me um gesto de agradecimento.

Se cultivei amores às mancheias,
Culpa não cabe às minhas mãos piedosas
Que eles passassem para mãos alheias.

Hoje, esquecendo ingratidões mesquinhas,
Alimento a ilusão de que essas rosas,
Ao menos essas rosas, sejam minhas.


SOBRE O AUTOR:

Olegário Mariano (Olegário Mariano Carneiro da Cunha), poeta, político e diplomata, nasceu no Recife, PE, em 24 de março de 1889 e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de novembro de 1958.
Filho de José Mariano Carneiro da Cunha, herói pernambucano da Abolição e da República, e de Olegária Carneiro da Cunha. Fez o primário e o secundário no Colégio Pestalozzi, na sua cidade natal, e cedo se transferiu para o Rio de Janeiro. Frequentou a roda literária de Olavo Bilac, Guimarães Passos, Emílio de Meneses, Coelho Neto, Martins Fontes e outros. 
Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro. Representou o Brasil, em 1918, como secretário de embaixada na Bolívia, na Missão Melo Franco. Foi deputado à Assembleia Constituinte que elaborou a Carta de 1934. Em 1937, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi ministro plenipotenciário nos terceiro centenário da Restauração de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal em 1953-54. Exerceu o cargo de oficial do 4º Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de Notas.
Sua poesia lírica é simples, correntia, de fundo romântico, pertinente à fase do sincretismo parnasiano-simbolista de transição para o Modernismo. Ficou conhecido como o “poeta das cigarras”, por causa de um de seus temas prediletos.
(FONTE INTERNET) 


MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA - ESPORTES, CULTURA E COMUNICAÇÃO (PARTE I)

 

                                              (FOTO ENVIADA PELO AUTOR)



MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

ESPORTES, CULTURA E COMUNICAÇÃO  (Parte  I)


Saul Ribeiro dos Santos

 📧saul.ribeiro1945@gmail.com


       Por vezes os vales e montanhas da Chapada Diamantina tornam-se palco de várias modalidades esportivas, incluindo o Rally dos Sertões. São realizadas práticas de rapel (ou rappel, em francês), que é um esporte no sentido vertical praticado com cordas e outros equipamentos apropriados. Por vezes tornam-se em palco do Campeonato Baiano de Mountain Bike, onde se faz presente a Federação Baiana de Ciclismo, vistoriando as trilhas. Assim aconteceu em 2015 partindo da Praça Central, na cidade de Lençóis. Outra atratividade anual é o Desafio Mucugê Montain Track Bike (MTB). 

      A Chapada Diamantina foi escolhida pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos Rio-2016 tendo em vista a operação especial da passagem da tocha olímpica. A chama olímpica chegou ao Aeroporto Horácio de Matos, em Lençóis, no dia 23 de maio. (1)

        Os aspectos da natureza e da geografia física desta bela região criou o cenário natural apropriado para estas modalidades esportivas. Nestas ocasiões são realizadas exposição e venda de produtos da Chapada Diamantina, do artesanato regional e artigos esportivos.

      Todos percebem que praticar esportes é uma atitude saudável e prazerosa. Desde cedo os garotos gostam de bater uma “pelada” (prática de futebol em campos de areia e abertos, sem muitas exigências, mas com regras). As atividades físicas formam um poderoso instrumento de prevenção de muitas doenças. Certamente todos os que praticam atividades esportivas e físicas precisam das orientações e acompanhamento de um professor de educação física. 

      Em todas as cidades desta imensa região existem e estão em pleno funcionamento academias de ginástica (estabelecimentos particulares) com equipamentos para diversas modalidades de exercícios físicos. Todas as pessoas, jovens e adultos, estão reconhecendo o valor destes exercícios. Nas cidades desta região existem, também, escolas de artes marciais como jiu-jitsu, capoeira, caratê (karatê, em japonês, que literalmente significa “luta de mãos vazias”, isto é, sem armas). Outras modalidades de esportes estão surgindo e conquistando o gosto dos jovens.

       A maior parte das cidades possui uma arena - o estádio de futebol, e outros esportes, onde são realizados os jogos do campeonato local (entre os times do Município) e também o campeonato entre Municípios vizinhos. São praças esportivas construídas e planejadas para a finalidade específica. Possuem arquibancadas com capacidade que varia de 2 mil a 5 mil torcedores, alambrados, vestiários, banheiros, cabines de rádio, sala de imprensa, etc.  Em Andaraí está o Estádio Valdivino Pereira do Carmo. Em Barra da Estiva o Estádio Municipal Agnaldo Caires Coelho. Em Botuporã o Estádio Municipal Dr. Hedílio Brandão Marques. Em Ipupiara o Estádio Municipal Brasil. Assim,  a maior parte dos Municípios possui uma “Praça de Esportes”.

          No período 2016 a 2019 visitei todos os Municípios da Chapada Diamantina pelo menos duas vezes. E em cinco deles fui três vezes. Conversei com assessores de prefeito, secretários municipais, vereadores, comerciantes e com o povo em geral. Em cada Município foi criada uma subsecretaria ou diretoria de assuntos esportivos. Os planos para os esportes em toda esta imensa região são bem atraentes e prometem descobrir talentos importantes.

        O povo desta importante região gosta de falar, ver e se envolver nos assuntos ligados aos esportes. Estão em atividade vários times de futebol, futsal, basquete e outros esportes. Entretanto, o esporte preferido, que mexe e agita muitos torcedores é o futebol. Em todos os Municípios, o setor que cuida dos esportes costuma determinar e conceder prêmios que vão para o melhor artilheiro, para o goleiro menos vazado, para o jogador que cometeu menos faltas (infrações), e atletas que conseguiram outras proezas.

       É importante observar que a vida ativa de qualquer atleta não dura muitos anos. Com 30/36 anos de idade começa a entrar em declínio. Uma das exceções é o caso do jogador Rogério Ceni, do SPFC, que está com 41 anos e continua em plena forma física. É um excelente goleiro e um jogador polivalente. Ele falou que em dezembro de 2014 seria o ano de pendurar as chuteiras, mas a torcida do time se manifestou dizendo que ainda não seria o tempo de parar. Ele aceitou a sugestão e esticou o prazo para dezembro de 2015. (2) Permaneceu atuando nos esportes e foi ocupar a função de  técnico em outros times, com muita competência. 


 ___________________


  Nota: Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.


      (1)    Gazeta do Vale (jornal de Itaberaba – BA.) de abril/maio de 2016.

     (2)    Jornal “O Estado de S. Paulo”, do dia 23 de novembro de 2014. 


SOBRE O AUTOR:

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.

Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das  Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.


segunda-feira, 26 de junho de 2023

ATO DE CARIDADE

ATO DE CARIDADE

Djalma Andrade (Poeta mineiro 1892-1975)



Que eu faça o bem e de tal modo o faça,

Que ninguém saiba o quanto me custou.

- Mãe, espero em ti mais esta graça:

- Que eu seja bom sem parecer que o sou.


Que o pouco que me dês me satisfaça,

E se, do pouco mesmo, algum sobrou,

Que eu leve esta migalha onde a desgraça

Inesperadamente penetrou.


Que a minha mesa, a mais, tenha um talher,

Que será, minha mãe, Senhora nossa,

Para o pobre faminto que vier.


Que eu transponha tropeços e embaraços:

Que eu não coma, sozinho, o pão que possa

Ser partido, por mim, em dois pedaços.


COMO É BOM SER BOM

 

                                                       (FOTO DA INTERNET)

COMO É BOM SER BOM

Martins Fontes  (1884 – 1937)



Tu, que vês tudo pelo coração,

Que perdoas e esqueces facilmente,

E és, para todos, sempre complacente,

Bendito sejas, venturoso irmão.


Possuis a graça como inspiração

Amas, divides, dás, vives contente,

E a bondade que espalhas, não se sente,

Tão natural é a tua compaixão.


Como o pássaro tem maviosidade,

Tua voz, a cantar, no mesmo tom,

Alivia, consola e persuade.


E assim, tal qual a flor contém o dom.

De concentrar no aroma a suavidade,

Da mesma forma, tu nasceste bom.


(FONTE CHUVA DE VERSOS, JOSÉ FELDMAN)


SOBRE O AUTOR:


JOSÉ MARTINS FONTES, conhecido como Martins Fontes, nasceu em Santos, São Paulo, no dia 23 de junho de 1884. Filho do médico Silvério Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia, e de Isabel Martins Fontes.

Considerado um dos mais importantes poetas do seu tempo. Conciliou a medicina com a poesia numa época de grandes poetas, como Bilac e Coelho Neto.

Martins Fontes faleceu em Santos, São Paulo, no dia 25 de junho de 1937.

Obras de Martins Fontes

Verão (1917)

A Dança (1919)

A Alegria (1921)

Marabá (1922)

Arlequinada (1922) 

As Cidades Eternas (1926)

Volúpia (1925) 

Rosicler (1926)

O Colar Partido (1927)

Escarlate (1928)

O Mar, A Terra e o Céu (1929)

A Flauta Encantada (1931)

Paulistania (1934)

Sol das Almas (1936)

Canções do Meu Vergel (1937).







VIAGEM IMAGINÁRIA

 

(FOTO ENVIADA PELA PRIMA GUIOMAR MOTA)


VIAGEM IMAGINÁRIA

Jerry Filho


Ao contemplar o espaço, o firmamento,

percebo quantas luzes a brilhar...

Quisera aproximar por um momento

quem sabe a imensidade conquistar.


Quisera receber consentimento,

fazer essa viagem modelar

ou mesmo conseguir asas do vento

e mui feliz no espaço cavalgar.


Assim a inspiração que venho tendo

por certo aumentaria no Infinito,

findando as mágoas desse ser aflito.


Mas sei que não consigo e vou vivendo

cada vez mais distante das estrelas,

sentindo-me feliz somente em vê-las.


(QUINTA ANTOLOGIA POÉTICA DE A FIGUEIRA, PÁGINA 77)


SOBRE O AUTOR:


JEREMIAS RIBEIRO FILHO, mais conhecido como JERRY FILHO nasceu em Ipupiara a 21/12/1950. Inteligente e estudioso veio para São Paulo, onde se tornou funcionário da Concessionária Mercedes Benz (COBRAVE). Tem premiações oriundas de vários concursos de trovas espalhados pelo Brasil. Pertenceu a diversas Entidades Literárias, entre outras, o Centro Lítero-Cultural de Felgueiras – Portugal. Colaborou com a revista A FIGUEIRA, com o jornalzinho do POSTAL CLUBE, Rio de Janeiro. Participou da QUINTA ANTOLOGIA POÉTICA DE A FIGUEIRA, editada pelo saudoso poeta ABEL B. PEREIRA. Publicou os livros ABC DE IPUPIARA (cordel) e CENTELHAS DO ALÉM. Foi casado com Jardilina Rodrigues e nos últimos anos residia em Ipupiara, Bahia.

O poeta faleceu a 19/05/2015 e foi sepultado em Ipupiara, sua terra natal.  


FUGA

 

(FOTO DA INTERNET)

FUGA
J. G. de Araújo Jorge


Amo um lugar assim, amo os lugares
onde há montanhas, selvas, passarinhos...
- onde o giz alvacento dos luares,
à noite, faz rabiscos de caminhos...

Que bom ficarmos, sempre assim, sozinhos...
Quanta coisa depois, para lembrares!
- Esta calma varanda... os meus carinhos...
Um silêncio... que é música, nos ares...

A porteira lá embaixo... A estrada, o fim...
Ah! Se pudéssemos nos esquecer
para onde segue aquela estrada assim...

Ah! Se pudéssemos pensar que aquela
estrada, ali adiante vai morrer...
- Como a vida, meu Deus, seria bela!

(Do livro OS MAIS BELOS POEMAS QUE O AMOR INSPIROU, 1973 - página 24)


LIVRO HERANÇA

 


LIVRO HERANÇA
Filemon Martins


Por instrumentalidade do Dr. Luiz A. Martino (excelente médico que me acompanha há anos no tratamento de saúde, na UBS DE VILA JACUÍ), recebi o livro HERANÇA, de EUNICE BARBOSA. Um livro com 160 páginas, de boa e pura poesia. O livro foi editado pelo Grupo Editorial Scortecci, de São Paulo, em 2013 e vale a pena ser lido. Revisão do Professor Almiro Dottori Filho, prefácio do Padre Antonio Maria. Mas, quem é EUNICE BARBOSA (Eunice Barbosa da Silva)? Uma senhora com 94 anos, nascida em 30/08/1919, no bairro de Lagoinha, Belo Horizonte, Minas Gerais. “De origem humilde, mas rica em experiências, graças a suas andanças ligadas ao seu estilo de vida itinerante”. Eunice não teve condições de estudar, mas sua alma de poetisa inspirada é marcante. Seus poemas reunidos em seu livro HERANÇA atestam com fidelidade “uma vida de cenários diversos, de muitas buscas e cheia de desafios”. A mulher Eunice Barbosa teve 09 filhos, sendo 8 do 2º casamento. Seus filhos são: Adolfina Imaculada, Carlos José, Maria Lúcia, Maria Célia, Mário Lúcio, Marco Antonio, Maria Evangelina e Maria Ângela, e o saudoso cantor e compositor Antonio Marcos.
A poetisa e compositora Eunice Barbosa possui várias músicas gravadas nas vozes de Roberto Carlos, Antonio Marcos (seu filho), Jessé, Gilliardi, Fábio Júnior, Roberto Leal, Leonardo, entre outros. Conforme sua biografia, “hoje, aos 94 anos, muito tímida e extremamente emotiva, ela deseja levar ao mundo seu recado no silêncio das páginas de HERANÇA”.
Eis o poema Doce Ternura, página 119:
Você,
sorriso e crença no passar das horas.
Manhã de sol agasalhando a terra.
Recado azul anunciando a vida.
Doce ternura quando a paz encerra.
Você,
silêncio calmo no balanço leve
da rede branca entre as mãos do vento.
Bendita seja a sua prece calma
secando o pranto no olhar do tempo.
Você,
anjo azul no alvorecer do sonho.
Loira brisa farfalhando a flor.
Passos lentos enfeitando a lida.
Mãos abertas semeando amor.
Assim é a poesia de nossa grande poetisa, Eunice Barbosa, sempre inspirada e perene como a água que desliza mansamente pelos lagos.  Parabéns! E nós somos privilegiados com leitura tão cativante, tão bela e doce, que só nos resta agradecer: obrigado, Poetisa, por nos conceder tão inebriante prazer.

(TEXTO DO LIVRO ¨HISTÓRIAS QUE SÓ AGORA EU CONTO¨, PÁGINAS 59/60)

 

TROVAS DE CAROLINA RAMOS - SANTOS - SP.

 

                                                (FOTO DO SITE FALANDO DE TROVA)


TROVAS DE CAROLINA RAMOS – SANTOS, SP.



Como é fútil e tamanha

a soberba dos ateus...

Seixos ao pé da montanha,

negando a montanha – Deus!


Guarda sempre esta mensagem

da própria vida que diz:

- é feliz, quem tem coragem

de acreditar que é feliz!


Sempre acolho de mãos postas

e, humilde, tento aceitar

o silêncio das respostas

que a vida não sabe dar!


Se amigo é o que escuta a queixa,

seca o pranto e ajuda a rir,

mais amigo é o que não deixa

sequer o pranto cair!


SOBRE A AUTORA:

CAROLINA  RAMOS: Considerada a "Primeira Dama da Trova Brasileira", reside em Santos, onde nasceu, a 19 de março de 1924. Foram seus pais: Francisco Garrote Ramos e Alzira Herbelha Ramos. Professora, musicista, poetisa, escritora. Preside a seção municipal da União Brasileira de Trovadores, além de fazer parte também da diretoria nacional. Publicou vários livros, entre eles, "O Príncipe da Trova", no qual narra o "vida-e-morte" de Luiz Otávio, e o grande amor vivido entre o "Príncipe" e a própria autora. 

(FONTE: SITE FALANDO DE TROVA)