TROPEÇOS E QUEDAS
Filemon Martins
Tibúrcio procurava se reerguer, depois de alguns tropeços e quedas na vida. Não estava nada fácil para Tibúrcio. Os tropeços e as quedas haviam deixado marcas profundas em sua alma jovem e sonhadora. Economicamente seus negócios não iam bem. A economia da cidade oscilava e o desemprego era cada vez mais crescente. E o povo que faz girar o comércio e a indústria estava empobrecido. No amor as incógnitas cruzavam seu caminho. Seu último namoro com a morena Sophia foi um malogro. Nenhum afeto, ternura, conforto ou carinho que levam paz à sua alma atribulada, agora andeja sem destino. Vive dia e noite inseguro, buscando equilíbrio e felicidade, mas só esbarra na tristeza e no desânimo.
Parece que a vida vai perdendo o sentido, os sonhos e ideais já não são motivos de viver, lutar, ambicionar dias melhores, tudo vai morrendo dentro dele, pensava em silêncio.
Preciso olhar para o alto, olhar para Deus que é pródigo e nos criou à sua imagem e semelhança. Preciso olhar para os lados e ver em volta de mim toda a beleza do Universo: insetos, animais, pássaros, répteis, árvores, flores, frutos, estrelas, planetas, satélites, todos cumprem sua função milimetricamente. - Por que os humanos não teriam que cumprir?
- E qual é minha missão? - gritou Tibúrcio!
Acordou atônito e esbaforido. Pulou da cama e saiu ofegante do quarto. Precisava de ar fresco e saiu porta a fora para falar com alguns amigos. Encontrou o Nathan, seu amigo mais chegado, cuja amizade vinha do tempo em que trabalharam juntos. Contou o seu sonho, fizeram confidências e gargalharam muito com aquele sonho revelador. Daquele dia em diante prometeu a si mesmo, tropeçar e cair, sim, mas nunca desistir. Levantar-se sempre e direcionar seus passos para o bem, rumo à vitória. E assim foi... E assim fez...
Nenhum comentário:
Postar um comentário