MINHA MÃE
SALVADOR SARMIÉRI
Oh, mãe, quanto chorei! - Chorando venho
a inundar o peito desde que partiste.
A minha cruz, em que pesava o lenho,
mais pesada ficou e tu não viste...
Lembrança eterna que me abate o cenho!
No coração, que em chagas tu me abriste,
com o mais elevado e nobre empenho,
guardo-te, santa! Igual jamais existe.
Não é obsessão! É amor inolvidável
que nutro na minha alma insatisfeita:
não há palavra que o registre afável!
Nada em ternura se compara à tua,
de cristalino e puro amor só feita:
que Deus te tenha, ó mãe, na glória sua!
(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL - 1980, 2º VOLUME, PÁGINA 454, ORG. APARÍCIO FERNANDES)
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