quarta-feira, 10 de maio de 2023

MINHA MÃE

 MINHA MÃE

SALVADOR SARMIÉRI


Oh, mãe, quanto chorei! - Chorando venho

a inundar o peito desde que partiste.

A minha cruz, em que pesava o lenho,

mais pesada ficou e tu não viste...


Lembrança eterna que me abate o cenho!

No coração, que em chagas tu me abriste,

com o mais elevado e nobre empenho,

guardo-te, santa! Igual jamais existe.


Não é obsessão! É amor inolvidável

que nutro na minha alma insatisfeita:

não há palavra que o registre afável!


Nada em ternura se compara à tua,

de cristalino e puro amor só feita:

que Deus te tenha, ó mãe, na glória sua!


(ANUÁRIO DE POETAS DO BRASIL - 1980, 2º VOLUME, PÁGINA 454, ORG. APARÍCIO FERNANDES)



Nenhum comentário:

Postar um comentário