segunda-feira, 17 de abril de 2023

SOBRE ATAQUES CONTRA AS ESCOLAS

SOBRE ATAQUES CONTRA AS ESCOLAS

Filemon Martins


Depois do ataque à Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sonia, em São Paulo, que culminou com a morte da professora Elizabeth Tenreiro, a polícia tem intensificado as investigações sobre esse crime que tem-se alastrado pelo Brasil nestes últimos anos.

Percebe-se, no entanto, que este fenômeno vem ocorrendo em vários países. O Brasil até 2002 não havia registrado nenhum caso. Mas a partir daí os ataques a escolas e creches se sucederam e vem crescendo cada vez mais.

Segundo a pesquisadora Talma Vinha há um perfil comum aos alunos e ex-alunos agressores. Segundo ela, ¨quase sempre são do sexo masculino, brancos, jovens, misóginos, apresentam ¨sinais de transtornos psiquiátricos¨, ¨gosto por violência¨, ¨obsessão por armas e agressividade contra mulheres, negros e grupos menorizados¨.

O assunto é complexo e grave e diante deste cenário violento e sem explicações, especialistas têm feito sugestões de como encarar o problema em busca de solução.

Essas informações foram retiradas da Nota Técnica 15, de 28 de março de 2023, publicada pelo Monitor do Debate Político no Meio Digital da USP.

¨Não amplificar a divulgação de vídeos, fotos e manifestos. Não compartilhar ou divulgar as queixas do agressor. Não nomear o agressor¨. 

Conforme relatório, há sinais de alerta, como: ¨Crenças em teorias conspiratórias que sugerem declínio da população branca ou de homens, entre outros grupos. Produção e compartilhamento de conceitos associados ao racismo científico como realismo racial e ¨biodiversidade humana¨.

A rigor, há controvérsia, especialmente no caso de ¨não nomear o agressor¨. Entendo que a sociedade tem o direito de saber quem são esses agressores, meliantes e bandidos. Não é segredo para ninguém que a impunidade tem sido a raiz de todos os males. O Brasil, como se sabe, é campeão da impunidade em todos os níveis. Observa-se que as quadrilhas utilizam muitos menores em suas ações (sabem que estão cometendo delito), mas a lei não permite que seus rostos sejam mostrados. Ora, de que forma o cidadão vai poder se defender se não os conhece? Está muito claro que a impunidade gera e estimula a delinquência, o banditismo e a corrupção. Para o grupo elitista que vive em seus gabinetes atapetados, não há problema, porque quando saem as ruas andam com seguranças armados. Mas, para a sociedade em geral o perigo é real.

Dizem que a Justiça brasileira é cega, surda e muda, até demais.

Talvez fosse interessante adotar a tese que alguns defendem: Quando houver atentado sem vítimas, uma boa surra e advertência de  que se cometer o delito outra vez, a surra será dobrada. Na terceira, triplicada e o meliante encarcerado.

Infelizmente cada juiz pode interpretar a Lei a seu bel prazer e assim a impunidade reina neste belo país chamado Brasil, cujo futuro está totalmente comprometido com os políticos e governantes que temos. Que futuro tem aquela geração da ¨cracolândia¨ em São Paulo? E dos demais Estados brasileiros?             

Nenhum comentário:

Postar um comentário