MUNICÍPIO DE WAGNER - PARTE VI

 

 

MUNICÍPIOS DA CHAPADA DIAMANTINA

MUNICÍPIO DE WAGNER (Parte VI)

Saul Ribeiro dos Santos

📧saul.ribeiro1945@gmail.com

 

Hoje estamos apresentando mais uma parte da história do Município de Wagner. Observe que o Município é o grande produtor de banana e mamão papaia e formosa. As lavouras são irrigadas com a água do Rio Utinga.

 

ECONOMIA  DO  MUNICÍPIO

 

     As terras do Município de Wagner são boas para o plantio de banana, mamão, tomate e outras culturas. Entre os anos de 1900 e 1930 foi expressiva a produção da fruticultura, mas predominou o plantio de cana. Muitos produtores de cana possuíam engenhos (feitos com o âmago da madeira aroeira e movidos pela força de uma junta de bois). Fabricavam rapadura comum, rapadura cerenta e aguardente. Atualmente é expressiva a produção de banana e mamão. Além de outras culturas, cultiva-se também mandioca, que é utilizada para muitos produtos da culinária: farinha, fécula - a tradicional tapioca (polvilho) utilizada especialmente para os beijus e pães de queijo. A puba é outro subproduto derivado da mandioca. Consiste em mandioca amolecida e fermentada na água durante mais de um dia e é utilizada para fazer bolos, biscoitos e outros produtos da culinária sertaneja.

    O complexo educacional e hospitalar criado e gerido por missionários da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos, muito contribuiu para o progresso. Este Município que surgiu sob a égide do Evangelho, da cultura e com instituições sociais sólidas, que irradiavam o nome de Wagner para outras partes e além das fronteiras do Estado da Bahia. Quanto ao hospital, vinham pacientes de longe em busca de tratamento médico.

      Lembro-me que lá da minha terra natal, Ipupiara, do outro lado - lá no Noroeste da Chapada Diamantina, entre 1959 e 1966 frequentemente muitos pacientes se deslocavam numa Rural Willys fretada (Rural era o carro do momento) para consultas e tratamento no conhecido Hospital de Ponte Nova. A cidade estava sempre muito movimentada com pessoas de fora. Além dos estudantes, as visitas dos pais e parentes desses jovens eram constantes. Tudo isso ajudava a movimentar e melhorar a economia local e assim o Município experimentava desenvolvimento. Não é saudosismo, pois era assim que acontecia.

     Atualmente o comércio da cidade apresenta muitas lojas à disposição dos consumidores. Existem oficinas de automóveis e motos, carpintaria e muitas outras atividades, principalmente na zona rural. Encontram-se pequenas indústrias familiares, que funcionam de modo artesanal, como fabricação de doces e outros produtos.

       Outro fator importante na economia do Município é a feira (feira livre). A feira pode ser considerada como um patrimônio do povo. Toda feira bem organizada, que apresenta grande variedade de produtos, é um sucesso! Aqui a feira é realizada semanalmente aos sábados.  Normalmente nas feiras do sertão vendem-se praticamente de tudo. É o evento indispensável e de grande importância para todos, pois aproxima vendedores de compradores e vice-versa. Muitas famílias consideram a feira como um “instrumento de ganha-pão”. Todo Município bem administrado possui um bom Mercado Municipal (o imóvel, não apenas uma cobertura) composto de vários box, lojas e pátio interno para exposição de mercadorias diversas produzidas na cidade e na zona rural. Além do pátio interno existe o pátio externo (ao ar livre) bem demarcado e preparado para complementar a área da feira. É importante que a feira seja realizada em local de fácil acesso pelos pelos consumidores.

        A área territorial deste Município não é grande. As principais lavouras da produção agrícola em 2017 foram banana e mamão, sendo que naquele ano a produção de banana foi de 10.734 ton. e a de mamão de 4.066 ton. (1) Há outras lavouras com produção em menor quantidade. O maior rebanho está no criatório de gado bovino. Percebe-se que na agricultura e na pecuária há espaço para melhorar a qualidade e a quantidade dos produtos.

       A cidade possui um pequeno terminal rodoviário (estação rodoviária). O Município é servido por linhas de ônibus interestaduais e intermunicipais. São empresas que fazem ponto inicial/terminal na cidade ou passam por ela. Viação Cidade do Sol, Viação Novo Horizonte Ltda. e Emtram são empresas de transporte de passageiros que Interligam Wagner a Salvador, São Paulo, Feira de Santana, Seabra, Morro do Chapéu, Itaberaba, Irecê e outras cidades. Além das linhas de ônibus, existem micro-ônibus e vans, que fazem o transporte alternativo entre os Municípios da região.

     Mais informações sobre esse importante tema você vai encontrar em páginas anteriores, na parte economia.

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(1)  Relatório IBGE/Brasil em Síntese//Bahia/Wagner/Prod. Agrícola.

 

 

PREFEITOS DO MUNICÍPIO DE WAGNER

 

     A seguir apresentamos os nomes dos prefeitos deste Município. A região da   Chapada Diamantina é rica em acontecimentos políticos e outros fatos sociais. No entanto, são poucos os Municípios que apresentam registros de informações substanciais.

      É necessário escrever e conservar os relatos dos fatos históricos. Conhecer e registrar os fatos históricos sociais é a preparação para enfrentar o futuro. Eis os nomes dos gestores de Wagner após a recuperação da autonomia política em 1962: 

 

§   José Benício de Matos                                             1963  a  1966 

 

§   Jonas Dias de Araújo                                               1967  a  1970

 

§   José Benício de Matos                                             1971  a  1972

 

§   Raymundo Passos dos Santos                                 1972  a  1975

 

§   José Benício de Matos                                             1976  a  1980

 

§   Jairo Hayne  Bastos                                                  1981  a  1982

 

§   Evangivaldo Evangelista Matos                                 1983  a  1988 

 

§   Elicivaldo Nobre da Silva                                           1989  a  1992

 

§   Lucas Graham de Araújo                                           1993  a 1996

 

§   Iris Alencar Fernandes da Silva                                 1997  a  2000

 

§   Evangivaldo Evangelista Matos                                 2001  a  2004  

 

§   Elter Silva Bastos                                                       2005  a  2008

 

§   Elter Silva Bastos  (2° mandato consecutivo)            2009  a  2012.

 

§   Natã Garcia Hora                                                       2013  a  2016

 

§   Elter Silva Bastos                                                       2017  a  2020

 

§   Elter Silva Bastos                                                       2021 a 2024

 

§   Thiago Rocha Ladeia, eleito no dia 6 de outubro de 2024 para exercer o mandato no período 2025 a 2028

 

Este texto é parte integrante do esboço do livro Chapada Diamantina, em elaboração.

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SOBRE O AUTOR:

SAUL RIBEIRO DOS SANTOS nasceu na Lagoa do Barro, Ipupiara, Bahia. Filho de Nisan Ribeiro dos Santos e Carolina Pereira de Novais. É casado com a Drª Agripina Alves Ribeiro, com quem tem os filhos Raquel Ribeiro dos Santos, Esther Ribeiro dos Santos e Arão Wagner Ribeiro. Formado em Economia, Adm. de Empresas e em Ciências Contábeis pela Unigranrio, Rio de Janeiro. Trabalhou durante vinte anos num grande banco comercial.

Sempre gostou de escrever. Apaixonado por assuntos das  Regiões da Chapada Diamantina e do Médio Vale do São Francisco. Gosta e costuma conversar com pessoas idosas com o objetivo de aprender e conhecer melhor a história regional.

Autor do livro DECISÕES & DECISÕES, publicado em 2013 pela Gráfica e Editora Clínica dos Livros, de Feira de Santana, Bahia.